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terça-feira, 22 de dezembro de 2009

BRINCADEIRAS IMPORTADAS:

Jogo com os acessórios foi inventado na INGLATERRA. Baratas e atraentes, elas conquistaram os jovens brasileiros.
SÓ JESUS POSSA PROTEGER ESSES JOVENS E ADOLECENTES.
NÓS PAIS TEMOS FICARMOS ALERTAS ESSA BANALIDADES.
VAMOS DESPERTAR


Braceletes coloridos que possuem significados eróticos vira moda entre adolescentes e preocupam pais.


Verdes,amarelas, roxas, pretas, douradas. As pulseiras coloridas de borracha que recentemente tomaram o pulso de crianças e jovens de todo o País têm gerado polêmica. O que parece apenas modismo de adoles¬centes pode ser bem mais perigoso do que se imagina. Criado na Ingla¬terra, o "snap", ou "estouro", consis¬te em tentar arrebentar uma pulsei¬ra (lá chamada de "shag band", ou "pulseira do sexo") que o amigo ou amiga tem no braço. Se conseguir, o dono da pulseira terá de se subme¬ter ao ato correspondente àquela cor, segundo um código já predefinido, que também foi importado do ex¬terior e que sugere ações nada apro¬priadas para essa faixa etária. Rosa, por exemplo, corresponde a mostrar os seios. Roxa, simboliza beijo com língua.
Preta, sexo. E a dourada é Urna junção de todas as outras cores.
É difícil saber quando e quais adolescentes brasileiros seguem as regras desse jogo erótico criado pe¬los ingleses daqueles que apenas foram atraídos pelas cores vibrantes dos braceletes. Mas, de qualquer ma¬neira, o assunto é um bom motivo para pais e filhos conversarem, acredita a psi¬cóloga Margareth Scherschmidt, espe¬cialista em infância e adolescência. "Por um lado, nós vivemos um momentos em que os pais estão extremamente ocupados em produzir, em trazer su¬primento material para casa e acabam esquecendo-se da linguagem simbólica.
A SEXUALIDADE ESTÁ SE 'COISIFICANDO'. ESTÁ VIRANDO CONSUMO. OS JOVENS HOJE NÃO TÊM MAIS LIMITES:

O que acontece todos os dias. É sim um alerta, porque os pais deveriam ter uma curiosidade saudável pela vida do filho, por seus gostos, pelas coisas que ele está usando e o porquê está usando aquilo. Ninguém pergunta mais. Por outro lado, os próprios adolescentes também não questionam. Apenas imitam uns aos outros.
“Sem muitas vezes conhecer os reais significados do que usam e consomem, apenas para fazer parte daquele grupo”, analisa.
Sobre os jogos sexuais com as pulseiras, cujo pacote com uma deze¬na custa de R$ 1 a R$ 1,50, Margareth afirma que vivemos a banalização do sexo também entre os adolescentes:
"As meninas, que' antes não tinham esse padrão masculino de quantida¬de, hoje têm. 'Beijei tantos meninos, namorei tantos garotos: A sexualida¬de está se 'coisificando' Está virando consumo. Ao mesmo tempo, parece ser um jogo para transgredir os limites do outro, um teste, porque os jovens hoje não têm mais limites", alerta.
Para ela, a solução ainda é a boa e velha conversa com os filhos: "É pre-
É preciso se encontrar dentro de casa para almoçar, para conversar, ou mesmo para ficar em silêncio. Pais e filhos precisam se ver, se sentir. Como os pais vão perceber uma cara de tristeza ou ansiedade no adolescente se não participam da mesma rotina?”“, ques¬tiona. “O segredo está em participar, não em proibir ou fingir que aquilo simplesmente não existe”.

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