Postagens populares

terça-feira, 28 de junho de 2011

Educação de Filhos - Efésios 6.1-4



1.Filhos: Bênção de Deus

A Igreja Cristã tem por obrigação rechaçar o divórcio por entender que a unidade familiar foi planejada por Deus. Esta unidade não é só composta por marido e esposa mas homem e mulher carregam um outro status: o de pai e mãe.
No nosso texto básico, percebemos que Paulo destaca, além do matrimônio (Ef 5.22-33), a paternidade (Ef 6.1-4) como elementos fundamentais para a formação de um lar verdadeiramente cristão.
Não poderia ser mais correta a afirmação do salmista: “Herança do SENHOR são os filhos; o fruto do ventre, seu galardão.” (Sl 127:3). “Herança” e “Galardão” dão a idéia de grande valor, uma bênção inestimável confiada a nós por Deus.
Talvez isso nos faça perguntar: “Por que então parece que para grande parte da sociedade, os filhos são mais um peso do que um presente de Deus?”
Consideremos dois pontos de vista:

a. Filhos são bênção em um lar cristão – O que é um lar cristão? Com certeza a resposta tem a ver com a presença de Cristo nesse lar. Se ele não está presente, seus valores também não estarão. Concluímos disso que a sobrevivência da família nunca precisou tanto de Jesus como em nossos dias.
b. Má definição de bênção – “Bênção” não é só sinônimo de coisas boas. A Bíblia mostra através de muitos exemplos como filhos de Deus passaram por problemas difíceis e também como isso lhes resultou em grandes benefícios.
Caros pais, vocês já pensaram que quando seus filhos testam sua paciência, te enervam, desobedecem, respondem ou adoecem no meio da madrugada, Deus está abençoando vocês? Deus está moldando-os, amadurecendo-os e dando a vocês a oportunidade de crescerem na dependência dele. Reavalie portanto a sua definição pessoal do que é bênção. Talvez vocês não estejam percebendo de quão grandes bênçãos são portadores.

2.Toda bênção exige uma responsabilidade

Quando presenteamos nossos filhos com algo de maior valor segue-se uma ladainha de recomendações: “Não vai deixar jogado!”, “Cuidado para não sujar!”, “Não empresta para qualquer um!” Deus, ao nos dar filhos como bênçãos nos dá recomendações para que desfrutemos deste presente da maneira mais plena possível. Essa comparação nos lembra que pais crentes também são filhos e se forem obedientes ao Pai Celeste terão melhor êxito como pais terrenos. Vejamos esses dois lados da responsabilidade dos pais:

A.Responsabilidade para com Deus

Para sermos bons pais temos que aprender a ser bons filhos de Deus. Se o seu objetivo é criar filhos no caminho do Senhor, “de que maneira poderá o jovem guardar puro o seu caminho?” (Sl 119.9a) Essa pergunta também intrigava o salmista mas ele sabia a resposta: “Observando-o segundo a tua palavra.” (Sl 119:9b) Mas como cobraremos aquilo que não praticamos e nem sequer conhecemos? A responsabilidade dos pais crentes diante de Deus pode ser resumida nos seguintes itens.
a.Conhecer a sua Palavra – O cristão tem o dever de ser assíduo na sua igreja local pois ali ouvirá a Palavra de Deus e será incentivado a estudá-la. Ele deve também ter os seus momentos devocionais particulares com Deus nos quais manterá comunhão direta com Ele através da leitura da Bíblia e da oração.
b.Obedecer – “Tornai-vos, pois, praticantes da palavra e não somente ouvintes, enganando-vos a vós mesmos.” (Tg 1:22) Tudo o que ouvimos e lemos tem que se converter em prática de vida. Isso dá aos pais autoridade para cobrar a obediência de seus filhos e para discipliná-los quando for preciso.
c.Tornar-se exemplo – “…torna-te padrão dos fiéis, na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza.” (1Tm 4:12). Assim como em qualquer responsabilidade, tornar-se exemplo começa dentro de nosso lar. Paulo dizia: “Sede meus imitadores, como também eu sou de Cristo.” (1Co 11:1) Será que você poderia dizer isso ao seu próprio filho?

B.Responsabilidades para com os filhos

a.Criar um ambiente de amor no lar
– Percebam que ainda não chegamos a uma atitude prática em relação aos filhos. Antes disso, precisamos falar de como marido e mulher devem se portar como pais. Essa é a abordagem apresentada em nosso texto básico. Antes de o apóstolo Paulo falar da relação entre pais e filhos (Ef 6.1-4) ele descreve por muitos versos como deve ser a relação entre marido e mulher (Ef 5.22-33) e, segundo o texto, podemos definir essa relação em uma só palavra: amor,a condição d necessária para dar um referencial aos filhos. Como educá-los se vivemos em pé de guerra com nosso cônjuge?
b.Ensinar – “Ensina a criança no caminho em que deve andar, e, ainda quando for velho, não se desviará dele.” (Pv 22:6) O caminho que se deve andar é o da obediência a Deus. Para que isso aconteça os pais têm que preocupar-se em orar pelos seus filhos e com eles; quando bem pequenos, ler historinhas bíblicas e encaminhá-los ao estudo para que possam aprender a ler a Bíblia por si sós, cobrar deles este tempo devocional diário. “Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos, e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te.” (Dt 6:6-7) Estes versículos ensinam algumas lições a respeito da educação dos filhos. Veja os pontos a seguir:

Empenho - Ensinar não é uma tarefa fácil, se o fosse, não passaríamos oito anos da nossa vida para cumprir apenas o ensino fundamental. É necessário dedicação por parte dos pais devido a importância dessa tarefa.
Perseverança - Muitos pais reclamam: “Já falei mil vezes a mesma coisa e parece que meu filho não aprende!” Nunca podemos nos esquecer de que é necessário perseverar para que haja aprendizado. É assim que Deus nos trata na sua Palavra. Existem muitas repetições na Bíblia. Elas não estão ali por acaso. É que somos teimosos mesmo. E isso é de nascença.
Naturalidade - “…delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te.” Isso mostra que o processo de ensino tem que ser o mais natural possível. Os pais devem aproveitar as oportunidades que os momentos com os filhos propiciam para educá-los no caminho do Senhor. Isso está na contramão da prática atual da sociedade. Os pais modernos acham que ensinar se resume àqueles momentos em que o filho apronta alguma coisa e os pais dizem a célebre frase: “Filho, vamos conversar lá no seu quarto”. Essa não é a melhor educação. Isso nem sequer é educação pois é correção. Mas como cobrar e corrigir algo que nem sequer foi ensinado? Aproveite as perguntas do seu filho, a notícia do jornal, o problema de um conhecido e ensine o que a Bíblia diz a respeito.
Exemplo - “Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos…” Como já vimos anteriormente, só podemos ensinar aquilo que está em nosso coração. Se assim não o for, correremos o perigo de borrar com o braço aquilo que escrevemos com a mão.
c.Disciplinar - “E vós, pais, não provoqueis vossos filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor. (Ef 6:4)
Duas coisas podem fazer com que seus filhos se tornem iracundos quando mais velhos: o excesso de disciplina e a falta dela. O texto de Efésios enfatiza esta última. O que o texto quer dizer é que os pais podem permitir o afloramento da ira em seus filhos negligenciando a disciplina. Paulo também ensina o problema inverso: “Pais, não irriteis os vossos filhos, para que não fiquem desanimados.” (Cl 3.21) Esta palavra “irritar” está ligada a severidade, ou seja, despertar a ira pelo excesso de castigo. Isso causa desânimo. Sabe por que? Porque eles vão pensar: “Não importa o que eu faça, vou estar sempre errado mesmo!”
Se tratando de disciplina, a chave para seu pleno exercício bíblico é o equilíbrio, pois seu objetivo não é descarregar a raiva e sim trazer seu filho ao caminho certo. Isso pode ser feito de duas maneiras:
- Admoestação – “Mais fundo entra a repreensão no prudente do que cem açoites no insensato.” (Pv 17:10). Ao menos que haja reincidência os pais devem primeiro tentar exortar seus filhos. Como confirma o provérbio, por vezes uma dura repreensão é mais eficaz do que bater.
- O uso da vara – Isso vai contra tudo o que se tem pregado por ai mas a Bíblia legitima este dever do pai. Primeiro do próprio exemplo de Deus: “Filho meu, não menosprezes a correção que vem do Senhor, nem desmaies quando por ele és reprovado; porque o Senhor corrige a quem ama e açoita a todo filho a quem recebe. É para disciplina que perseverais (Deus vos trata como filhos); pois que filho há que o pai não corrige?” (Hb12:5-7) Deus não só age assim mas como também nos cobra o mesmo procedimento:

Provérbios 13:24 – “O que retém a vara aborrece a seu filho, mas o que o ama, cedo, o disciplina.”
Provérbios 23:13-14 – “Não retires da criança a disciplina, pois, se a fustigares com a vara, não morrerá. Tu a fustigarás com a vara e livrarás a sua alma do inferno.”

É claro, a disciplina não pode ser aplicada com exagero:

Provérbios 19:18 – “Castiga a teu filho, enquanto há esperança, mas não te excedas a ponto de matá-lo.”

Veja também Provérbios 3.12; 4.20-23; 6.20-22; 20.30; 22.15; 29.15; Salmo 78.5-7


Realmente a tarefa de educar os filhos não é nada fácil. Aliás, nada nesta vida é fácil se não formos dependentes de Deus. Mantenha sempre comunhão com Ele e com a sua Palavra a quale não só nos auxilia nesta importante missão mas também em relação a qualquer assunto de nossa vida: ”Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra.” (2Tm 3:16-17). Só através da Palavra de Deus poderemos além de fazer frente, também derrotar este mundo que tenta deseducar nossos filhos bombardeando-os com toda a sorte de impurezas.

Trabalho e Família

Trabalho e Família

O marido chega em casa tarde da noite e encontra sua esposa quase dormindo, sentada em uma cadeira na cozinha tentando se acalmar com uma xícara de café:
- Isso são horas?
- Você sabe, querida, é o meu trabalho... – tenta se justificar.
- Mas de novo? – levanta-se a esposa – Você sai de casa, as crianças estão dormindo; chega em casa, estão dormindo também… você sabe a quantos dias elas não te vêem?
- Eu sei, eu sei, meu amor. Não pense que eu gosto dessa situação! Mas entenda, é temporário. Essa situação vai mudar, eu prometo! Afinal de contas, você tem que entender… se eu estou trabalhando tanto é por causa de vocês... por causa da minha família!
O diálogo acima poderia ter acontecido na casa de muitos de nós. O que podemos aprender com a Palavra de Deus para resolvermos esse impasse que se torna a cada dia mais freqüente e mais destrutivo em nossos lares?


A. O Lugar da Família na Vida do Cristão
Logo nas primeiras páginas da Bíblia Deus estabeleceu regras para a humanidade sem pecado se relacionar tanto com a Criação, como uns com os outros e com o próprio Deus. Para cada um destes relacionamentos, o Criador estabeleceu regras as quais damos o nome de mandatos. Um desses mandatos, portanto, tem a ver com normas quanto à convivência do ser humano em sociedade e aproximando mais nosso foco, em família. Deus disse a Adão e Eva: “Sede fecundos, multiplicai-vos…” (Gn 1.28). Quanto ao relacionamento entre marido e esposa, a Bíblia também se pronunciou: “Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne.” (Gn 2.24) Esse é o Mandato Social.
Essas considerações são necessárias porque o cristão não pode fabricar leis para a sua vivência familiar nem tão pouco viver o pragmatismo em seu lar, ou seja, fazer aquilo que aparentemente dá certo. O cristão deve atentar para o fato de que Deus, desde o início, se pronunciou quanto ao valor da família e como o ser humano deveria se portar em obediência diante desse assunto.
1.O Valor dos filhos – O salmo 127 diz que os filhos são “herança do Senhor” (v.3) e que o homem que “enche deles a sua aljava” (v.5) é bem-aventurado. No Salmo 128 eles são chamados de “rebentos da oliveira” (v.3). Todas as declarações dos dois salmos estão ligadas à idéia de “proteção”. Os filhos garantem a continuidade da qualidade de vida de seus pais. Eles são flechas na mão do guerreio e os que têm filhos não se envergonham diante dos inimigos. Podemos perguntar: “Que inimigos são estes?” Em uma interpretação literal, uma família numerosa representava segurança diante de uma tentativa de invasão e tomada de terras. Também no quesito trabalho os filhos eram o mesmo que ter prosperidade. Em uma sociedade rural, ter muitos filhos era sinônimo de mão de obra. Assim, mesmo na velhice, o pai tinha a garantia de que o sustento familiar seria provido. Mas podemos enxergar as declarações dos salmos de maneira figurada: os filhos são motivos de bênçãos na época em que os pais mais precisarão deles. Seguindo esta interpretação, devemos entender por “inimigos” os anos finais da vida. O capítulo 12 de Eclesiastes relata as limitações do corpo conforme os anos da velhice se aproximam. Deste modo, o corpo que na juventude é o grande aliado, com o passar dos anos torna-se cada vez mais motivo de preocupações e cuidados. Agora, em idade avançada, o ser humano luta com seu próprio corpo; tenta vencer suas limitações físicas. Em ambas as interpretações, o papel dos filhos é crucial. Tanto que eles são chamados de “rebentos da oliveira à roda da tua mesa” (Salmo 128.3) Entendamos melhor o que essa comparação quer dizer: Como não existia luz elétrica naquela época, as famílias faziam uso de lampiões. Esses lampiões eram movidos a óleo, óleo de oliveira ou, como também podemos chamar, azeite. Assim, o salmista aponta para os filhos como a fonte de luz e energia do lar. Ter uma família grande é a garantia de que os filhos poderão compartilhar uns com os outros o cuidado para com seus pais.
2. O Valor do Matrimônio – A Palavra de Deus responsabiliza prioritariamente o homem pelo sustento financeiro do lar. Deus disse a Adão: “No suor do rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, pois dela foste formado; porque tu és pó e ao pó tornarás.” (Gn 3.19) Por isso, podemos entender o Salmo 128 como uma distribuição de responsabilidades que vamos observar no quadro abaixo:
v.2
marido
Trabalhar para que haja comida em seu lar
v.3a
Esposa
Ser videira frutífera
v. 3b
Filhos
Serem como rebentos de oliveira
Já falamos a respeito do quer dizer “rebentos da oliveira”, vejamos, portanto, o que significa para a esposa ser chamada de “videira frutífera”. A videira produz uva e da uva se faz o vinho. Embora existam muitas passagens na Bíblia a respeito de como a embriaguez é condenada, em outras o vinho tem uma conotação muito positiva. Principalmente no relacionamento conjugal, o vinho serve de metáfora para o deleite que deve existir por parte dos cônjuges (Ct 7.8-9). Quando o salmista responsabiliza a mulher por ser “videira frutífera” para o marido na verdade ele está querendo dizer que o marido deve ansiar por voltar para casa vindo do trabalho porque sabe que quando chegar vai encontrar alguém que irá lhe satisfazer plenamente. Por outro lado, podemos imaginar também a videira como sendo capaz de dar frutos em cachos, ou seja, assim como de uma semente cachos podem ser produzidos, também uma esposa que alegra o marido é aquela que tem muitos filhos. Aliás, a ansiedade de ter muitos filhos levou muitos servos de Deus a pecarem adotando várias esposas ou concubinas (compare Deuteronômio 17.17 com 1Reis 11.1-13).
Comparando os filhos com a oliveira e a esposa com a videira o salmista revela o valor da família. Não havia nada mais importante ou caro comercialmente falando do que o vinho e o azeite. É importante que fique muito bem frisado o extraordinário valor da família, pois isso nos ajudará a ter uma compreensão melhor do papel do trabalho.

B.O Lugar do trabalho na vida do cristão
Não podemos esperar que ímpios e crentes tenham a mesma compreensão do que venha a ser a maneira correta de se trabalhar. Por isso precisamos analisar quais são as diferenças.
1. O Trabalho para o Ímpio
Na parábola do semeador, Jesus fala a respeito de um semeador que lançou a semente sobre quatro tipos de solos. Um destes solos foi descrito da seguinte forma: “A que caiu entre espinhos são os que ouviram e, no decorrer dos dias, foram sufocados com os cuidados, riquezas e deleites da vida; os seus frutos não chegam a amadurecer.” (Lc 8.14) Este grupo demonstra alguma resposta ao evangelho sem, no entanto, desenvolver a fé verdadeira. Parece que Jesus divide esses espinhos em três principais, segundo argumenta Willian Hendriksen[1]: 1º Espinho – Cuidados ou Preocupações da Vida. Esta preocupação condenada por Jesus extrapola os limites do planejamento pessoal e se traduz por ansiedade. A ansiedade é amplamente combatida pela Bíblia por ter um alto grau de destruição (Fp 4.6; Lc 12.4-12, 22-34; Mt 6.25-34; 10.19-29, 28-31). 2º Espinho – Riquezas. Embora possuir dinheiro não seja pecado, ter amor a ele é (1Tm 6.10). Jesus está condenando a busca desenfreada pelo dinheiro (Lc 12.13-21; 16.19-31; 18.18-24). 3º Espinho – Prazeres da Vida. Tanto prazeres que são nocivos em si mesmos (embriaguez, drogas, jogos e azar) quanto aqueles que são nocivos se não forem moderados (esportes, jogos, diversões). As pessoas que são atingidas por estes espinhos nunca chegam a produzir frutos verdadeiros. São, porém como Demas, segundo testemunhou o apóstolo Paulo: “Porque Demas, tendo amado o presente século, me abandonou e se foi para Tessalônica.” (2Tm 4.10a)
Jesus certa vez disse: “Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se vier a perder-se ou a causar dano a si mesmo?” (Lc 9.25) Assim como Demas, aquele que dá mais valor ao mundo mostra que nunca foi de fato um cristão. Mas, além dessa pessoa perder a sua alma, ela perderá coisas ainda nessa vida, causando muito dano a si mesma. Não ver os filhos crescendo e não participar de sua educação são perdas irreparáveis. A sociedade atual não é muito diferente nesse aspecto do que foi o Império romano. A família da classe média romana, assim que o filho nascia, entregava-o para uma escrava porque essa seria sua ama de leite. Assim, a mãe não amamentava a criança e sim a escrava. Depois, com alguns anos de vida ainda, a criança era entregue pra um outro escravo, quase sempre grego, que seria o responsável pela sua educação. Outra vez, os pais se omitiam. O resultado disso é o que vemos nos registros históricos. Filhos que não hesitavam em assassinar seus pais para atingirem seus objetivos. Como é que laços de carinho e amor podem ser construídos sem que haja relacionamento? Por essa razão é que também podemos observar na sociedade atual, o mesmo triste fenômeno: filhos matando pais ou então os tratando como se fossem inimigos.
2. O trabalho para o Cristão
No começo da lição falamos que Deus deu três ordens para Adão e Eva, as quais chamamos de “mandatos”. Já discorremos sobre o mandato social, ou seja, a normas instituídas por Deus para que o ser humano se relacione com seus semelhantes.
Vejamos agora um segundo mandato, chamado de Mandato Cultural. Deus também deixou regras claras quanto à relação do ser humano com a natureza.
Deus, ao criar o primeiro casal, disse a ele de deveria sujeitar e dominar a Criação (Gn 1.28). Para tanto, foram postos em um jardim (Éden) para cultivá-lo e guarda-lo (Gn 2.5 e 15). É importante lembrarmos que o contexto em que se deu essa ordem foi o de um mundo perfeito no qual o pecado ainda não havia entrado. Todo trabalho, portanto, deveria ser norteado por esse tipo de prescrição divina e não pelos conceitos mundanos e pecaminosos.

C. Conciliando Família e Trabalho
O terceiro mandato instituído por Deus em Gênesis é o Mandato Espiritual, ou seja, Deus disse a Adão e Eva que era necessário que obedecessem em tudo a Deus senão morreriam: “E o SENHOR Deus lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.” (Gn 2.16-17). O Salmo 128 começa com a seguinte afirmação: “Bem-aventurado aquele que teme ao SENHOR e anda nos seus caminhos!” (Sl 128.1). Saber conciliar o lugar da família e o lugar do trabalho é uma questão de temor e obediência a Deus. Não é o mundo que vai ditar as normas de como você, cristão, deve trabalhar, mas as próprias leis de Deus. Por isso, se você diz que teme a Deus, precisa também entender quais são os objetivos do trabalho.
  1. Glorificar a Deus. Acima de tudo, o ato de trabalhar deve ser encarado como um meio de glorificar a Deus, pois assim diz a Bíblia: “ Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus.” (1 Co 10.31) Se não houver essa prioridade, o ser humano pode se matar de tanto trabalhar que, nas palavras do Salmo 127, será tudo em vão.
  2. Dignidade Própria. Por obedecer a Deus, o crente sente-se feliz com o fruto do seu trabalho: “Do trabalho de tuas mãos comerás, feliz serás, e tudo te irá bem.” (Sl 128.2) Ninguém se sentirá feliz construindo uma carreira profissional brilhante deixando para traz um lar destruído.
  3. Sustento Pessoal e Familiar. Devemos trabalhar para que haja o necessário dentro de casa. Um aparelho de DVD ou uma TV de 29’ não são o necessário. Mas o pão de cada dia e a presença dos pais junto aos filhos ou a união dos cônjuges é sem dúvida importante.

Bloguismo - Todo mundo dando sua irada ou infundada opinião sobre tudo

Bloguismo - Todo mundo dando sua irada ou infundada opinião sobre tudo

Atos 5.33-39

  
Como (modestamente) meu exemplo demonstra, o Blog é um instrumento útil para a edificação dos crentes e evangelização dos incrédulos. Por outro lado, pode ser também muito perigoso levando em conta todas as possibilidades negativas possíveis e reais no mundo virtual.
Como os cristãos, principalmente os jovens, estão expostos a esse tipo de linguagem é muito importante que sejam bem orientados quanto a boa utilização desse meio de comunicação.


Blog é um sítio (site) que permite atualizações rápidas e, geralmente, é composto de pequenos textos ou artigos sobre temas gerais. A grande maioria de Blogs opta por uma temática específica. É possível achar na internet, blogs sobre os mais diferentes assuntos: carros, motos, jardinagem, culinária, literatura, estudos bíblicos, etc. Tudo o que pode ser discutido certamente o será em um Blog.
A internet trouxe consigo grandes benefícios e na mesma proporção, preocupações. Cresceu a disseminação e acesso a informação mas também à desinformação. Muitos se sentem no direito de comentar qualquer assunto, até mesmo a vida alheia.  Embora nosso propósito seja “Bloguismo”, fazendo referência aos Blogs, outros formatos já foram criados com objetivos parecidos. Exemplos disso são os Flogs, um Blog com ênfase em fotos e o que está mais na moda hoje em dia, o Twitter; também parecido com o Blog, mas com a limitação de se publicar apenas poucas linhas.
Outra tecnologia da informação que tem crescido bastante são as chamadas redes sociais, como o Orkut e o Facebook. Nessas redes, o usuário se associa a quantos amigos quiser e pode informar em tempo real qualquer coisa que queira. Também participam de “comunidades” de interesse mútuo, como por exemplo, uma chamada “Eu amo chocolate”, que tem mais 4,5 milhões de membros.
Vamos tratar a respeito desse novo meio de comunicação e como, ao mesmo tempo, ele é uma ameaça e uma oportunidade, dependendo da maneira que é usado por nós.

I.              Contexto histórico de Gamaliel
O texto bíblico usado para amparar nosso estudo sobre o Bloguismo, é o parecer de Gamaliel sobre a prisão dos apóstolos.
Logo após o pentecoste (At 2) a Igreja Primitiva, sob a liderança dos apóstolos, viveu um período de crescimento exponencial. A pregação intrépida e os sinais e maravilhas atraíam a atenção e a ira da autoridades judaicas. Nesse ínterim, os apóstolos são presos e apresentados no Sinédrio para interrogatório e foram expressamente proibidos de ensinar o nome de Jesus (At 5.28). Pedro tomou a liderança dos doze e disse: “Antes importa obedecer a Deus do que aos homens” (At 5.29).
Além do anúncio da salvação por Jesus, o texto infere que a pregação apostólica tinha um tom de denúncia contra as autoridades judaicas pois reclamaram de que os apóstolos estavam lançando sobre eles “o  sangue desse homem” Isso se confirma com a resposta de Pedro: “O Deus de nossos pais ressuscitou a Jesus, a quem vós matastes, pendurando-o num madeiro.” (At 5.30).
Os membros do Sinédrio se enfureceram com tamanha ousadia e queriam matá-los. Eles, porém, não tinham esse poder. Como no caso de Jesus, quando tiveram que usar de Pilatos, a autoridade romana para tirar-lhe a vida, teriam agora que elaborar um plano. Nesse momento Gamaliel se manifestou
Diz a Bíblia que Gamaliel era “mestre da lei e acatado por todo povo” (v. 34) Além disso não temos muitas outras informações obre ele. Sabemos que Saulo de Tarso havia sido seu discípulo.


II.            Perigos do Bloguismo
A opinião de Gamaliel foi favorável aos apóstolos. Em suma, registrou que se o cristianismo vem de Deus, ele prevalecerá; se não, vai morrer. Dá dois exemplos como base de sua tese: Teudas e Judas, o Galileu. Ambos foram líderes que evocaram messianidade e ambos tiveram discípulos também. Em pouco tempo caíram no ostracismo.
Embora sendo usado por Deus para o livramento dos apóstolos, o parecer de Gamaliel precisa ser analisado melhor, fornecendo para nós, algumas dicas interessantes sobre alguns perigos a serem evitados no que tange às novas tecnologias da informação.
A.   A. Pragmatismo
É até difícil criticar Gamaliel tendo em vista que foi por causa da sua intervenção que os apóstolos foram soltos e isso é, em si, o cerne do pragmatismo. Ou seja, se preocupar com os resultados acima de qualquer coisa.
Vejamos o que disse Gamaliel: “se vem de Deus prevalecerá, se não, se esvairá”. Muitos cristãos concordariam com ele e mais, passaram a defender esse tipo de posicionamento em suas igrejas. Certa vez um presbítero se recusou a disciplinar um grupo de desviados da fé se apoiando no parecer de Gamaliel. Seria isso certo? Não. Se olharmos para a história, desde os dias dos apóstolos até hoje, nos perderemos com um número se fim de religiões que foram criadas desde então: Mórmons, Testemunhas de Jeová, Adventistas, dentre tantas são apenas alguns exemplos. Pregadores aparecem na televisão ensinando a prosperidade e um monte de esquisitices e o pior, crescem e se estabelecem; abrem igrejas em cada esquina. Segundo o parecer de Gamaliel o que dizer disso tudo? Todos foram abençoados por Deus e contam com a aprovação dele, por isso têm prevalecido? Seria difícil chegar a essa conclusão.[1]
De forma semelhante, o mundo virtual tem sido invadido por informação de viés pragmático. Não há um referencial absoluto de certo ou errado, como poderia ter feito Gamaliel apoiando-se no Antigo testamento, nas profecias a respeito de Cristo. A tentação hodierna é buscar o que funciona, não importando as conseqüências.

B.   B. Superficialidade
Outro ponto a ser considerado é a superficialidade com que os temas são tratados na Internet. Como descrito no ponto anterior, Gamaliel poderia ter entrado mais a fundo na questão da pregação apostólica, fazendo uma pesquisa e arrazoado no Antigo testamento e no ministério de Jesus. Apesar de ter funcionado, Gamaliel foi superficial em seu parecer.
O formato dos Blogs não permitem escrever muito, o Twitter então nem se fala; o limite são duas ou três linhas. Isso por um lado incentiva a objetividade, mas por outro, tende a tornar a informação muito superficial.
A Bíblia nos ensina em nos aprofundamos em nossas opiniões, fazendo assim a diferença necessária nesse mundo. Aí pode residir um diferencial para os cristãos, pois em um mundo tão superficial. Podemos oferecer algo que seja mais profundo. Davi pediu que não viesse a pecar com seus pensamentos e palavras e a chave foi justamente uma visão mais aprofundada da vida: "Que as palavras da minha boca e a meditação do meu coração sejam agradáveis a ti, Senhor, minha Rocha e meu Resgatador!" (Sl 19.14)

C.   C. Inconseqüência
A internet tem uma linguagem muito rápida. Enquanto na Idade Média uma informação levava dias, semanas ou até mesmo meses para viajar de um país a outro, a internet encurtou esse tempo a uma fração de segundo.
Essa rapidez, por um lado, faz com que fiquemos informados de algo quase que no momento do acontecido, mas por outro, pode nos fazer cair na tentação de sermos inconseqüentes no uso da informação. Muitos já se arrependeram amargamente de, no afã da emoção, publicar um comentário ou até mesmo responderam um e-mail com palavras impensadas. Tiago nos trás uma improtante contribuição: "Meus amados irmãos, tenham isto em mente: Sejam todos prontos para ouvir, tardios para falar e tardios para irar-se, pois a ira do homem não produz a justiça de Deus." (Tg 1.19-20). De maneira parecida escreveu Salomão:  "Quem retém as palavras possui o conhecimento, e o sereno de espírito é homem de inteligência." (Pv 17.27) e ainda: "Não te precipites com a tua boca, nem o teu coração se apresse a pronunciar palavra alguma diante de Deus; porque Deus está nos céus, e tu, na terra; portanto, sejam poucas as tuas palavras." (Ec 5.2)
Essas recomendações devem se traduzir em importantes medidas: 1) Se você perceber que não está centro, quem sabe muito irado ou triste, guarde seu texto (Blog, email, etc) para ser mandado no dia seguinte. Uma leitura posterior, em um momento mais ameno, poderá ajudar; 2) Se você tiver dúvida quanto a utilidade de suas palavras, mande antes a um amigo chegado e peça a opinião dele. Essas duas medidas vão te ajudar a usar a internet para edificar, ao invés de destruir e evitar também que você passe por situação vexatória.
D.   D. Futilidade
Outra tendência da internet é a futilidade. Muita coisa se escreve sobre assuntos pouco nobres. Um dos maiores problemas atuais é com a pornografia.
  • 12% de todos os sites são pornográficos
  • 25% das pesquisas feitas são sobre pornografia
  • 35% de todos os downloads são de pornografia
  • A cada segundo, 30.000 internautas acessam pornografia
  • A cada segundo 89 dólares são gastos em pornografia
  • 266 sites pornôs são criados na internet por dia
  • Em 2006 a pornografia gerou um lucro de 2.84 bilhões de dólares
  • 72% de consumidores de pornografia na internet são homens
  • 70% dos acessos pornôs acontecem em horário comercial
  • Há cerca de 372 milhões de sites pornôs na internet
Além dos dados internacionais acima, uma recente pesquisa feita em nosso país, constatou que 55% dos internautas brasileiros acessam sites pornôs.[2]
Ao contrário disso tudo, os cristãos sempre estiveram a frente no que tange ao uso das novas tecnologias da informação para a disseminação do Reino de Deus. No surgimento da imprensa, por exemplo, o primeiro livro a ser impresso Gutenberg, em 1442, foi a Bíblia Sagrada. No caso do rádio foi parecido; o primeiro programa foi transmitido nos primeiros anos do século XX e seu conteúdo foram de hinos sacros de natal.
No caso da Internet, parece que estamos perdendo terreno. Embora exista muita coisa boa, inclusive excelentes Blogs, infelizmente tem sido mais a exceção do que a regra. Pouco presta no mundo virtual.  

Conclusão
O parecer de Gamaliel nos dá um excelente exemplo na medida em que nos ensina que em uma situação de crise, um posicionamento urgente se faz necessário. O mundo está em crise moral e espiritual e, diante dessa realidade, o povo de Deus precisa ser relevante em suas ferramentas de comunicação. Gamaliel usou das ferramentas que tinha, precisamos usar as que temos. Devemos reinventar não a mensagem do evangelho, mas a maneira de comunicá-la ao mundo.


[1] Uma questão que pode ser levantada nesse ponto é o fato de estarmos questionando a autoridade da Bíblia discordando de Gamaliel. Não se trata disso. A Bíblia é inerrante e suficiente, por outro lado, ela contém diferentes gêneros literários quem conservam cada um a sua peculiaridade. Atos, por exemplo, é um livro histórico. Seu autor, Lucas, trata apenas de contar a história dos primórdios da Igreja e não faz nenhuma crítica ou comentário a respeito. O livro histórico, então não pode ser normatizado em tudo. Um exemplo disso é o que aconteceu no capítulo 5, imediatamente anterior ao texto básico de nossa lição. Ananias e Safira mentem ao dar o dízimo e são fulminados por Deus. Esse fato é uma prescrição ou apenas uma descrição? Se você disser que é uma prescrição, você está afirmando que todos os que mentem em seus dízimos serão fulminados por Deus também. Se você chegar à conclusão que é apenas uma descrição, ou seja, a apresentação de como os fatos se deram, você entenderá que foi algo muito particular àquela situação. O parecer de Gamaliel deve ser entendido da mesma forma. Lucas, o historiador, está informando o acontecido sem emitir juízo de valor. Em nenhum lugar da Bíblia encontraremos aporte para defender o argumento de Gamaliel.

Pecados Virtuais: Pecados Reais – Parte 1

Pecados Virtuais: Pecados Reais – Parte 1

Possível fonte de perigo dentro de casa

A mãe passa em frente ao computador e percebe que a filha de 15 anos o esqueceu ligado. Ao tentar desligá-lo, vê na tela algo que parecia ser um diálogo[1]:
- vc tem icq??!?!

- naum...issu eh koiza du passadu......

- entaum vo t addeah nu msn!!!!!

- tudu bem......

- daih vc me passa u teu orkut??!?!

- u enderessu tah nu meu blog......

- tem mtas foteenhas nu album??!?!

- devi te umas 9 +-......

- blz...dpois tc...xau!!!!!

- flw...t+......


Entendeu alguma coisa? Nada? Você precisa ler esse texto.

Entendeu tudo? Você precisa ainda mais.



I. Benefícios da modernidade

Deus colocou o ser humano em um jardim. Adão e Eva habitaram o Jardim do Éden e lá Deus os pôs como vice-gerentes da Criação. A vontade de Deus foi que usassem a natureza de forma sustentável a fim de que ela trabalhasse para o conforto e bem-estar do ser humano. Por isso, a Nova Jerusalém, a recriação de Deus, não é mais um Jardim e sim uma cidade. Deus considera que apesar do pecado, nem todo progresso deve ser descartado.

Com esse pressuposto, Deus criou o mundo para o ser humano aprendesse a manipulá-lo a fim de que seu conhecimento gerasse novos benefícios. A tecnologia é resultado desse processo; são infindáveis os benefícios que o ser humano recebe por conta das descobertas feitas nos mais diversos campos e de maneira especial, nos dois últimos séculos.


A popularização do computador e o advento da internet fez com que o ser humano tivesse acesso a outros incrementos; além de aposentar de vez a máquina de escrever ele pode se comunicar com o mundo todo sem gastar um centavo com o telefone. O Brasil, apesar de ser um país em desenvolvimento, não ficou de fora dessa revolução tecnológica. Para se ter uma idéia, no ano de 2007, pela primeira vez foram vendidos mais computadores do que televisores no país. O uso da internet em banda larga cresce a passos largos no país também. Além da quantidade de usuários subir consideravelmente a cada ano, as últimas pesquisas apontam que o usuário de internet brasileiro é o que mais gasta tempo com a internet se comparado aos usuários de outros países.


II. Perigos da Modernidade


Assim como o avião ou a energia nuclear, a internet é uma invenção que largamente é usada para fins destrutivos.


Embora o mundo da internet seja virtual, os perigos são extremamente reais. Há perigo de dano material com a perda de arquivos em conseqüência de vírus ou então de ser vítima de e-mails maldosos que contém pequenos programas espiões que servem para roubar senhas bancárias.


O pior prejuízo, porém, pode ser espiritual. A internet contém toda sorte de informações e facilmente qualquer um pode ser alimentado com intolerância racial, por exemplo. Outra constante ameaça na internet é a pornografia. Eis alguns dados sobre o assunto:

    * 12% de todos os sites são pornográficos     * 25% das pesquisas feitas são sobre pornografia     * 35% de todos os downloads são de pornografia     * A cada segundo, 30.000 internautas acessam pornografia     * A cada segundo 89 dólares são gastos em pornografia     * 266 sites pornôs são criados na internet por dia     * Em 2006 a pornografia gerou um lucro de 2.84 bilhões de dólares     * 72% de consumidores de pornografia na internet são homens     * 70% dos acessos pornôs acontecem em horário comercial     * Há cerca de 372 milhões de sites pornôs na internet

Além dos dados internacionais acima, uma recente pesquisa feita em nosso país, constatou que 55% dos internautas brasileiros acessam sites pornôs.[2]

Todo esse universo de informações, quer sejam boas ou más, estão a um clique do mouse. Crianças, jovens e adultos podem, em uma fração de segundos, ser contaminados com toda a maldade que esse mundo pode produzir.


Como se prevenir?


III. Campo Minado

Alguns crêem que os perigos da internet limitam-se a exposição de material pornográfico às crianças. Embora realmente essa seja uma ameaça real, a internet apresenta malefícios a todas as faixas etárias, classes sociais e raças. Nessa lição, porém, abordaremos os perigos da internet trataremos dos principais problemas que crianças podem ter com a internet e como os pais podem e devem interagir coma questão.

   1. Abismo de Gerações
A popularização da internet fez com que muitas crianças tivessem já contato com essa tecnologia e, de certa forma, criou um certo distanciamento tecnológico dentro dos lares: filhos conectados e pais alienados. Enquanto a geração que chega já está plugada (jargão usado para alcunhar aqueles que costumam navegar na internet), a geração anterior ainda prefere o uso da televisão e telefone para se divertir e se comunicar.
Esse distanciamento faz com que muitos pais estejam alheios ao modo que seus filhos usam a internet. O uso do computador deve ser feito sob a orientação dos mais velhos e, para isso, os pais devem se esforçar para entender e acompanhar as novas tecnologias aderidas com tanta facilidade por seus filhos e, assim, aproveitar para ensiná-los em todo o tempo, de todas as formas: "Guardem sempre no coração as leis que eu lhes estou dando hoje e não deixem de ensiná-las aos seus filhos. Repitam essas leis em casa e fora de casa, quando se deitarem e quando se levantarem. Amarrem essas leis nos braços e na testa, para não as esquecerem; e as escrevam nos batentes das portas das suas casas e nos seus portões. " (Dt 6.6-9 - NTLH)

   2. Diminuindo a Distância
A educação de filhos é uma tarefa que deve ser encarada de uma maneira profissional. Isso quer dizer que é uma empreitada que demanda tempo, interesse e planejamento. Se assim não o for, não haverá garantias de que a criança cresça permanecendo nos caminhos do Senhor.


A seguir, apresentamos algumas demandas, tendo como pano de fundo a ordem de Deus em Deuteronômio 6.6-9:

Empenho - Ensinar não é uma tarefa fácil, se o fosse, não passaríamos oito ou nove anos da nossa vida para cumprirmos apenas o ensino fundamental. É necessário dedicação por parte dos pais devido à importância desta tarefa. Os pais precisam se adiantar ao problema. Em vez de falar de pornografia somente quando descobrem (na maioria das vezes por acaso) que seus filhos fazem uso de pornografia pela internet, determine um momento para que juntos, investigando na Bíblia, possam ser orientados a respeito.

Perseverança - Muitos pais reclamam: “Já falei mil vezes a mesma coisa e parece que meu filho não aprende!” Nunca podemos nos esquecer de que é necessário perseverar para que haja aprendizado. É assim que Deus nos trata na sua Palavra. Existem muitas repetições na Bíblia. Elas não estão ali por acaso. É que somos teimosos mesmo; é de nascença.

Naturalidade - “…delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e ao deitar-te, e ao levantar-te.” Isso mostra que o processo de ensino tem que ser o mais natural possível. Os pais devem aproveitar as oportunidades que os momentos com os filhos propiciam para educá-los no caminho do Senhor. Isso está na contramão da prática atual da sociedade. Os pais modernos acham que ensinar se resume àqueles momentos em que o filho apronta alguma coisa e os pais dizem a célebre frase: “Filho, vamos conversar lá no seu quarto”. Essa não é a melhor educação. Isso nem sequer é educação, pois é correção. Mas como corrigir algo que nem sequer foi ensinado? Aproveite

Exemplo - “Estas palavras que, hoje, te ordeno estarão no teu coração; tu as inculcarás a teus filhos…” Como já vimos anteriormente, só podemos ensinar aquilo que está em nosso coração. Se assim não o for, correremos o perigo de borrar com o braço aquilo que escrevemos com a mão. Como você ensinará seu filho a fazer um bom uso da internet se você mesmo não faz?


   3. Um exemplo de Educação

A atitude do Presbítero Solano Portela merece um destaque por em ao encontro daquilo que Deus espera de um homem na liderança de seu lar. Ele escreveu um “Pacto de Pureza” para toda sua família e pediu para que cada um o subscrevesse e, com isso, se comprometessem em fazê-lo cumprir. O texto está transcrito a seguir[3]:

Pacto de Pureza
Por Solano Portela

O documento a seguir está sendo postado como uma contribuição aos esforços que devem ser realizados por nós cristãos para manter a pureza no lar, especialmente em uma era onde nossas casas estão tão sujeitas à invasão da pornografia pela televisão e pela Internet. Este pacto tem sido mencionado em palestras ministradas sobre o assunto "Integridade" e distribuído aos solicitantes. O pensamento básico é que a formalização de um pacto familiar traz, em si, muito mais força e comprometimento pessoal do que a simples menção ou repetição de diretrizes, que são facilmente esquecidas. A Palavra de Deus nos dá muitos exemplos de pactos solenes e vivemos em uma era de informalidades, onde a confirmação pública de intenções vai desaparecendo. Não podemos esquecer a responsabilidade dos pais na administração do lar, formulando as regras de convivência e comportamento a todos os que ali habitam, principalmente aos filhos. A imposição de certos limites deve ser feita em amor, mas com firmeza. Eles nunca devem ser excessivos e irracionais, mas sim extraídos da Palavra de Deus e fundamentados nos princípios cristãos. Que Deus possa abençoar a cada um que veja utilidade na aplicação deste recurso.
Nós, abaixo assinados, pessoas responsáveis perante o nosso Soberano SENHOR e Criador; habitantes deste lar; conscientes dos males da nossa geração e, especialmente, dos perigos em potencial para os nossos corações e mentes, possibilitados pela utilização da Internet; desejosos de utilizar este meio unicamente como uma ferramenta abençoada providenciada pelo SENHOR para o fortalecimento do nosso conhecimento da criação de Deus, para entretenimento saudável, e para comunicação rápida e eficaz com nossos familiares e amigos; contribuindo, na medida de nossas possibilidades, com o avanço do Reino de Deus; nos achegamos, conjuntamente, nesta ocasião para pactuar e concordar nos seguintes pontos:

1. Não nos envolveremos em qualquer tipo de conversação, por “chat”, por “e-mail”, ou por outra forma qualquer, que não esteja em harmonia com as diretrizes da Bíblia. Da mesma maneira, teremos a coragem necessária de demonstrar nossa ética e convicções cristãs perante nossos amigos e conhecidos, fazendo uma dissociação de nossas pessoas de qualquer interação que, em seu andamento, der sinais de que está progredindo na direção errada.

2. Imediatamente “deletaremos” qualquer “e-mail”, anúncio, propaganda, ou material recebido pela Internet, que venha a sugerir (mesmo que o grau de sugestão seja mínimo) imoralidade, pornografia e linguagem imprópria; e não seguiremos os passos e laços contidos nessas comunicações, exercitando todo o esforço para não procurarmos leitura e exame demorados no material que contém estes tipos de apelo.

3. Não tomaremos a iniciativa de “pesquisar” e de dar andamento a “links” a quaisquer sites que apresentem ou promovam imoralidade e pornografia.

4. Depois de realizarmos uma pesquisa legítima, em qualquer assunto, não vamos “clicar” em qualquer “link” que possa vir junto da pesquisa legítima, mas que sugira ou atraia a sites de teor pornográfico ou imoral.

5. Procuraremos fazer com que nossos hóspedes, visitantes e amigos, que freqüentam o nosso lar, cumpram este pacto. Não teremos receio de falar explicitamente sobre estes padrões e demandaremos que qualquer envolvimento nas práticas condenadas neste pacto, cessem imediatamente.

6. Sabedores que apesar de sermos salvos pelo poder e pelo sangue de Cristo Jesus, temos ainda um coração que é enganoso; que Satanás espera oportunidades para agir, visando a destruição de nossas almas e vidas; que estaremos em uma melhor posição de guarda deste pacto se mantivermos prestação de contas, uns para com os outros, sem criar ocasiões para o pecado; estaremos restringindo o acesso à Internet aos computadores comuns existentes em nossa sala de estar, e não teremos acesso em nossos quartos.

7. Temos a percepção completa de que a questão da “privacidade” é secundária à questão da “pureza”, coberta por este pacto. Temos a convicção de cada subscritor tem direito à sua vida privada e seus relacionamentos individuais; entretanto, “privacidade” NUNCA deverá ser utilizada como uma cobertura ao pecado, ou para a quebra de nossas obrigações, como cristãos, às determinações que especificam a pureza como caminho a ser seguido pelo servo de Deus.

8. Não promoveremos, nem encaminharemos piadas sujas, ou qualquer outro tipo de material que contenha pontos objetáveis, impuros ou impróprios. Nos desligaremos de qualquer lista que demonstre costumeira remessa de matérias de conteúdo duvidoso, ou que dá mostras a estar caminhando nesta direção.

9. Entendemos que os nossos “portais”, provedores, ou “gateways” poderão conter chamadas a páginas e sites que levam a situações condenáveis ou colocadas perigosamente nos limites. Não seguiremos essas “chamadas” ou qualquer “link” que contenha pessoas com pouca roupa, sabedores de que tais situações destroem a dignidade daquelas pessoas, como criaturas de Deus, e que oferecem as nossas mentes e corações oportunidades de pecarmos contra o SENHOR.

10. Sabemos que apesar do propósito deste pacto ser a utilização da Internet, a questão da “pureza” não está restrita a esta área, mas cobre todos os aspectos de nossas vidas pessoais. Consequentemente, nos esforçaremos para nos lembrar de nossas responsabilidades semelhantes nos filmes que viermos a ssistir – em casa e com nossos amigos, nos programas de televisão que viermos a assistir, nas músicas e letras que viermos a ouvir e nos relacionamentos que tivermos com outras pessoas.

Baseamos essas decisões não no nosso próprio poder, mas confiantes no livramento divino da tentação e do pecado; considerando a questão da “pureza” não uma expressão de auto-justiça, mas um simples enquadramento nas diretrizes da Palavra de Deus, especialmente como lemos em Rm 6:19; Fp 4:8; 2 Co 12:21; Gl 5:19; Ef 5:3; Cl 3:5 – assinamos este pacto no ______ dia de _____________, no ano da graça do Nosso Senhor Jesus Cristo de Dois mil e Dois, na cidade de _________________________.


Conclusão


Há algum tempo, quando a televisão se estabeleceu no cotidiano humano, muitos cristãos tomaram atitudes radicais em relação ao uso dessa tecnologia. Alguns se renderam de tal forma, que não tiveram qualquer escrúpulo em aceitar qualquer coisa mostrada na programação, por mais imoral que fosse. Por outro lado, outros, decidiram extirpar qualquer contato com a TV determinando que “assistir televisão é pecado”.

Por incrível que pareça, atitudes radicais sempre são mais fáceis de serem tomadas do que tentar viver a vida de uma forma equilibrada priorizando critérios cristão no relacionamento com a cultura. Isso se encaixa como uma luva no que tange ao uso da internet.

Pecados Virtuais: Pecados reais – Parte 2

Pecados Virtuais: Pecados reais – Parte 2

Perigos que ameaçam os jovens e adultos

Tem coisas que são erradas por si só; é o caso do consumo de drogas. Não pode existir um uso consciente e equilibrado disso.
Por outro lado, há coisas que não podem ser definidas se são certas ou erradas a não ser pelo uso que se dá a elas. A internet é assim, e hoje, veremos como jovens e adultos são tentados a cair em tentação bem diante do computador.




I. O Problema da Solidão
Deus criou o ser humano para se relacionar. Isso faz parte da própria essência do Criador pois Deus é Triúno. Por isso, Deus criou dois gêneros em vez de um só e os chamou macho e fêmea e deixou leis que deveria regular a relação entre um ser humano e outro.
Cristo fez amizades ao ponto de ter amigos mais chegados. No jardim do Getsemani, por exemplo, Jesus chamou seus três mais chegados amigos (Pedro, Tiago e João), para orar com ele. O momento era de extrema aflição pois nosso mestre estava para ser entregue a morte por nossos pecados e queria ser consolado e animado por seus amigos queridos. De fato, como escreveu Salomão, há amigos mais chegados que irmãos (Pv 18.24).

As amizades verdades são constituídas à partir de experiências comuns. Olhar nos olhos (não através de uma webcam), o tato e o fator presencial nunca poderá ser substituído por um contato virtual.

A internet aproxima grandes distâncias, como no caso de amigos ou parentes que moram distantes, por outro lado, se não for usada com sabedoria, pode isolar ainda mais um adolescente ou jovem, por exemplo.

Ter amigos virtuais e conversar com eles pela internet é bom mas não pode substituir absolutamente os relacionamentos pessoais.

II. O problema do Consumismo (1Tm 6.6-10)

Outro problema comum tem a ver com o consumismo e materialismo. Até há alguns anos, homens e mulheres eram profundamente tentados pelas vitrines dos shoppings e de lojas. Hoje, esses vitrines invadem nossas casas através do computador. Além de dezenas de e-mails alertando para “promoções imperdíveis” há de se conviver com todas as propagandas em a maioria das páginas na internet possuem.

Devemos entender o materialismo como sendo “a visão do mundo que coloca a acumulação de coisas materiais no ponto alto do interesse privado e corporativo. A busca da riqueza é vista como o mais alto bem no materialismo.”[1]

Paulo pôde ensinar a respeito do materialismo para Timóteo (1Tm 6.6-10) com grande autoridade porque ele mesmo já havia tido altos e baixos em sua vida ministerial no que tange ao sustento pessoal. “Tanto sei estar humilhado como também ser honrado; de tudo e em todas as circunstâncias, já tenho experiência, tanto de fartura como de fome; assim de abundância como de escassez; tudo posso naquele que me fortalece. (Fp 4.12-13) O resultado disso foi que ele aprendeu a viver contente em toda e qualquer situação. (Fp 4.11).

O remédio contra o materialismo conforme narrado por Paulo é o contentamento ou frugalidade. Segundo o Dicionário Houaiss, a palavra frugalidade pode ser definida como “simplicidade, sobriedade de costumes, de hábitos etc.”[2] Foram com palavras muito parecidas que Paulo orientou Timóteo: “Tendo sustento e com que nos vestir, estejamos contentes.” (1Tm 6.8)
 
A lição direta que tiramos desse texto é que devemos nos esforçar para ter o necessário. Se Deus der mais do que o necessário, devemos ficar tão satisfeitos quanto se ele mandasse somente o necessário. “…não me dês nem a pobreza nem a riqueza; dá-me o pão que me for necessário; para não suceder que, estando eu farto, te negue e diga: Quem é o SENHOR? Ou que, empobrecido, venha a furtar e profane o nome de Deus. (Pv 30.8-9)

De igual modo Jesus nos ensinou e nos prometeu que jamais nos faltaria o necessário a vida. Primeiro ele nos ensinou que deveríamos orar somente pelo “pão nosso de cada dia” (Mt 6.11). Depois, confirmou este conceito dizendo que se Deus cuida das aves do céu e das flores do campo, não deveríamos nos deixar levar pela ansiedade quando ao alimento e as vestes (Mt 6.25-34). A aflição pelas posses materiais é um comportamento típico dos gentios (Sl 73. 7 e 12), daqueles que não conhecem e não sabem que existe um Deus que zela pelo bem-estar deles. (Mt 6.32). Da mesma sorte alertou Isaías: “Por que gastais o dinheiro naquilo que não é pão, e o vosso suor, naquilo que não satisfaz? Ouvi-me atentamente, comei o que é bom e vos deleitareis com finos manjares.” (Is 55.2) Com certeza, em vez de termos o coração nos tesouros deste mundo (Mt 6.19), devemos tê-lo em um bem mais duradouro (Mt 6.20-21), fruto de um reino eterno (Mt 6.33).

O uso da internet, portanto, deve vir acompanhado por uma intensa e genuína experiência cristã. Como vimos na lição 5, toda a cultura precisa ser santificada para ter seu uso santo. A internet é um bom exemplo disso.

III. O problema da Pornografia (Fp 4.8)

 A atração, em primeiro lugar, é uma questão ligada a natureza decaída do ser humano. A Bíblia afirma que a própria concepção se dá em pecado (Sl 51.5) e por conta disso, o coração é “desesperadamente corrupto” (Jr 17.9).

Por outro lado, o pecado também é uma questão de oportunidade. Há algumas décadas, a pornografia estava restrita a cinemas e mídia impressa. Em seguida, a imoralidade invadiu os lares através da televisão, quer seja pelos próprio canais, ou então através do vídeo-cassete. A facilidade de acesso à pornografia somente aumenta. A televisão a cabo com seus canais fechados e a quantidade de sites imorais revelam isso, como vimos na lição passada.

O fato é que para se ter acesso a pornografia o ser humano tinha muito mais trabalho do que hoje em dia. Antes ele precisava sair de casa, agora não. Antes ele precisava pagar por isso, agora não mais. O universo da indecência está ao alcance de um clique do mouse e para adentrar nele, basta somente um escorregão de fração de segundo;  apenas um lampejo de fraqueza.

A luta do cristão, portanto, é árdua. O conselho é: "Digo, porém: andai no Espírito e jamais satisfareis à concupiscência da carne." (Gl 5.16) Em termos práticos, Paul diz: "Finalmente, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é respeitável, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se alguma virtude há e se algum louvor existe, seja isso o que ocupe o vosso pensamento." (Fp 4.8) Ou seja, “levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo." (2Co 10.5)

De uma maneira bastante prática, o cristão pode e deve tomar algumas atitudes bastante simples:
a. Deixar o computador em um lugar da casa acessível a qualquer um. Como o pecado também é uma questão de oportunidade, isso será um fator limitador.
b. Usar o computador com um objetivo. Se você desejava conferir seu correio eletrônico, faça-o e então desligue. Vagar sem rumo pela internet com certeza facilitará sua chegada a lugares pouco nobres.
c. Instale em seu computado programas que impedem acesso a pornografia. Há uma infinidade deles na internet e muitos são gratuitos.
d. Se você já se tornou um viciado em pornografia, peça ajuda a algum conselheiro cristão.

IV. O problema da Infidelidade (Mt 5.27-28;19.9)

 Muitos casados têm a preocupante prática de fazerem amizades pela internet com pessoas do sexo oposto e gastarem tempo investindo sua intimidade nesse relacionamento. Há na lição um questionário extraído de uma matéria da Revista Veja que pode servir como uma ferramenta de diagnóstico para determinar se está havendo exageros por parte dos cristãos em seus relacionamentos virtuais.

A infidelidade virtual é um problema que  infelizmente tem se tornado muito comum em nossos dias. A infidelidade pode ser virtual mas, como diz o tema da lição, o pecado é real.

Agravando ainda mais, Jesus disse que a infidelidade  transcendia o campo da ação e se consumava já somente com as intenções. “Olhar com intenção impura” já é adultério. A infidelidade, portanto, é real e não somente virtual.

Eu, porém, vos digo: quem repudiar sua mulher, não sendo por causa de relações sexuais ilícitas, e casar com outra comete adultério. (Mt 19:9) O adultério sempre foi abominável aos olhos de Deus. Nos Dez mandamentos entregue ao povo por intermédio de Moisés, Deus já ordenara sua lei moral: “Não adulterarás” (Ex 20.14; Dt 5.18). A lei civil do povo tratava o adultério como crime cuja pena era morte por apedrejamento (Lv 20.10, compare com Dt 22.21-24).

Na concepção de muitos cristãos, parece que Jesus endureceu muito mais esta lei: “Ouvistes que foi dito: Não adulterarás. Eu, porém, vos digo: qualquer que olhar para uma mulher com intenção impura, no coração, já adulterou com ela.” (Mt 5.27-28) Muito embora haja a conjunção adversativa “porém” neste texto que parece indicar uma mudança da lei do Antigo Testamento para as palavras de Jesus, não é esta a melhor compreensão. A cláusula adversativa não contrapõe a Lei mosaica com o mandamento de Cristo, mas sim a interpretação que os judeus davam para o que havia sido revelado no Antigo Testamento. Os judeus entendiam que suas mulheres eram suas posses assim como se fossem objetos ou animais e que adultério só poderia ser cometido pela mulher. O homem, segundo a concepção deles, não adulterava ao ter relação com uma prostituta. O caso da mulher adultera ilustra bem esta mentalidade (Jo 8.1-11). A mulher havia sido flagrada em adultério (8.3-4), mas nada se diz do paradeiro do homem que com ela estava.

O verbo hebraico para exprimir a lei “Não adulterarás” é uma forma extremamente rara no Antigo Testamento que denota não somente “relação sexual ilícita” mas toda uma ética matrimonial. Jesus então explicou que o entendimento que os judeus tinham a respeito do assunto estava errado e trouxe a luz o verdadeiro espírito da lei divina, como ela sempre deveria ter sido interpretada. Jesus deixa bem claro: “qualquer que olhar”. Ou seja, qualquer um, e não somente a mulher é passível de ser enquadrado como adúltero. A própria lei mosaica já seria suficiente para este entendimento mais grave do adultério, pois, o décimo mandamento determina a proibição de cobiçar a mulher do próximo. Não seria isso exatamente o que Jesus havia dito?

Jesus, portanto, resgatou a lei veterotestamentária: “Se um homem adulterar com a mulher do seu próximo, será morto o adúltero e a adúltera.” (Lv 20.10)

Os prejuízos que o adultério traz para o casamento são incontestáveis: “O que adultera com uma mulher está fora de si; só mesmo que

Conclusão

Por conta de todas as ameaças apresentadas, alguns chamam a internet de “infernet”. De fato, os perigos são muitos mas através dela podemos ter acesso a muitas bênçãos também como diversas versões de bíblias, estudos e oportunidade de divulgar suas idéias.

A internet, em última análise, somente revelará a santidade que existe no resto de sua vida. Se você busca a santidade, o uso da internet será santo; se não, seu computador refletira isso também.
Em último caso, se você não conseguir e jeito nenhum se controlar, é melhor abandonar seu uso: "E, se a tua mão direita te faz tropeçar, corta-a e lança-a de ti; pois te convém que se perca um dos teus membros, e não vá todo o teu corpo para o inferno." (Mt 5.30)