Postagens populares

segunda-feira, 18 de julho de 2011

O enigma de Sansão.

O enigma de Sansão.


Juízes 14:12-20
“Disse-lhes, pois, Sansão: Eu vos darei um enigma para decifrar; e, se nos sete dias das bodas o decifrardes e descobrirdes, eu vos darei trinta lençóis e trinta mudas de roupas. 13 E, se não puderdes decifrar, vós me dareis a mim trinta lençóis e as trinta mudas de roupas. E eles lhe disseram: Dá-nos o teu enigma a decifrar, para que o ouçamos. 14 Então lhes disse: Do comedor saiu comida, e do forte saiu doçura. E em três dias não puderam decifrar o enigma. 15 E sucedeu que, ao sétimo dia, disseram à mulher de Sansão: Persuade a teu marido que nos declare o enigma, para que porventura não queimemos a fogo a ti e à casa de teu pai; chamastes-nos aqui para vos apossardes do que é nosso, não é assim? 16 E a mulher de Sansão chorou diante dele, e disse: Tão-somente me desprezas, e não me amas; pois deste aos filhos do meu povo um enigma para decifrar, e ainda não o declaraste a mim. E ele lhe disse: Eis que nem a meu pai nem a minha mãe o declarei, e to declararia a ti? 17 E chorou diante dele os sete dias em que celebravam as bodas; sucedeu, pois, que ao sétimo dia lho declarou, porquanto o importunava; então ela declarou o enigma aos filhos do seu povo. 18 Disseram, pois, a Sansão os homens daquela cidade, ao sétimo dia, antes de se pôr o sol: Que coisa há mais doce do que o mel? E que coisa há mais forte do que o leão? E ele lhes disse: Se vós não lavrásseis com a minha novilha, nunca teríeis descoberto o meu enigma. 19 Então o Espírito do Senhor tão poderosamente se apossou dele, que desceu aos ascalonitas, e matou deles trinta homens, e tomou as suas roupas, e deu as mudas de roupas aos que declararam o enigma; porém acendeu-se a sua ira, e subiu à casa de seu pai. 20 E a mulher de Sansão foi dada ao seu companheiro que antes o acompanhava.”
Definição da palavra ENIGMA:
Dicionário UNIVERSAL da Língua Portuguesa.

do Lat. aenigma < Gr. aínigma, palavra obscura

s. m.,

Descrição metafórica ou ambígua de coisa, tornando-a difícil de ser adivinhada; aquilo que dificilmente se compreende; pessoa cujos actos, procedimento e sentimentos são incompreensíveis; chave do -: explicação daquilo que se não compreendia.


 http://www.priberam.pt/dicionarios.aspx

O Enigma de Sansão lançado à sorte dos rapazes convidados de honra para festa nupcial, exigidos para uma festa. Nos casamentos orientais, este era um direito antigo, que o noivo levasse os rapazes de honra, e como Sansão não levou; estes convidados são fornecidos pelo clã da mulher. É bem verdade que o número 30 é muito grande, talvez a família de Dalila quisesse honrar a Sansão, ou ainda talvez a família da mulher levantasse alguma suspeita dele devido à fama dos seus grandes feitos, sobretudo contra o exército dos filisteus.

Nazireado, um voto não cumprido!
As conseqüências do descumprimento do voto de nazireado por parte de Sansão são as mais drásticas. Todos nós sabemos muito bem que não somente houve nesses dias passados, o mel que saiu dum leão morto, de maneira que uma coisa tão repugnante aos nossos olhos, afinal misturar mel, uma comida a um cadáver, sobretudo sabendo do voto de Nazireado de Sansão que não poderia tocar algo morto (Juízes 14:9 “E tomou-o nas suas mãos, e foi andando e comendo dele; e foi a seu pai e a sua mãe, e deu-lhes do mel, e comeram; porém não lhes deu a saber que tomara o mel do corpo do leão.”, sob pena da lei de ficar imundo por um espaço de tempo à nossa imaginação humana ao lermos este texto. Notamos a total falta de discernimento espiritual de Sansão que pelo voto de nazireado estava proibido terminantemente de tocar ou até aproximar-se de um cadáver, e no entanto ele tomou os favos de mel na sua mão tirando o mel do cadáver do leão. E talvez por isto nada informou acerca da ocorrência da luta com leãozinho não foi informada aos seus pais certamente temendo uma repreensão deles. Vejam o alto preço do pecado da omissão de Sansão, ele poderia esconder algo tão importante dos seus pais, mas não dos olhos de Deus.
Mas há outros aspectos que precisamos mencionar o quão desobediente ao Pacto com Deus e aos seus pais ele foi (Juízes 14:3) “Porém seu pai e sua mãe lhe disseram: Não há, porventura, mulher entre as filhas de teus irmãos, nem entre todo o meu povo, para que tu vás tomar mulher dos filisteus, daqueles incircuncisos? E disse Sansão a seu pai: Toma-me esta, porque ela agrada aos meus olhos.”. Sansão tratou a Lei de Deus com somenos importância, não fez caso da Lei, que era contrária ao casamento misto, ele era um Judeu da Tribo de Dã, e tomara em casamento a Dalila uma mulher filistéia, e parece-nos muito familiar esta prática no meio do povo de Deus que em desobediência continua casando-se com pessoas que não são do meio cristão atraindo para os seus casamentos sofrimentos sem igual. Vejam o que diz a Lei: Êxodo 34:16 “E tomes mulheres das suas filhas para os teus filhos, e suas filhas, prostituindo-se com os seus deuses, façam que também teus filhos se prostituam com os seus deuses.” Vejam também Deuteronômio 7:2-3 “E o Senhor teu Deus as tiver dado diante de ti, para as ferir, totalmente as destruirás não farás com elas aliança, nem terás piedade delas; 3 Nem te aparentarás com elas; não darás tuas filhas a seus filhos, e não tomarás suas filhas para teus filhos;”
A Bíblia relata também a história do grande rei Salomão que foi o homem mais sábio que existiu sobre a face da terra; infelizmente, testemunha também que ele se tornou idólatra por indução de suas mulheres prostitutas estrangeiras provenientes de nações idólatras, ele se uniu a elas e também aos seus deuses pagãos, chegando a construir templos a eles. A Bíblia registra que desde os tempos de Moisés, sempre proibiu aos israelitas casarem-se com mulheres estrangeiras.
O Arrependimento de Sansão.
Sansão mudou radicalmente a direção de sua vida executando um ato final verdadeiramente heróico. Seus captores o tinham levado a uma festa celebrada no templo dedicado ao deus pagão Dagon. Aí foi exibido como um despojo, um troféu conquistado, o símbolo altivo do triunfo dos filisteus. Agora servindo de espetáculo aos seus algozes Sansão cego e amarrado foi feito objeto de ridículo e zombaria. Vejam só que espetáculo ridículo sabendo-se que em sua pessoa, o Deus do universo e Seu povo foram publicamente zombados Deus estava sendo vilipendiado por culpa exclusiva de um homem que não foi obediente a Deus, que não foi capaz de guardar segredos, guardas seu próprio enigma. Na hora da angústia extrema, de dificuldades, de medo, perigos, nesse momento crítico, Sansão voltou-se a Deus, lembrou-se Daquele que de fato é Poderoso, pediu perdão por suas ações egocêntricas e rogou para que as forças de seu Deus lhe fossem de novo dadas, desta vez para mostrar que Deus é Deus acima de todos os deuses, e que não há outro deus tão poderoso como o Grande EL-SHADAY. Logo, Deus atende sua oração. Sansão podia sentir o poder de Deus animando-o, restabelecendo sua força na força do Senhor. Abraçou as duas colunas centrais do templo e os puxou com força até que os derrubou. Sansão assim pereceu com 3.000 de seus inimigos, mais uma vez um exército de um homem só prevaleceu na força e no poder do seu Deus dos Exércitos.
Qual é o sentido da vida fora do comum de Sansão?
Certamente sua história é enigmática por causa de suas charadas e do segredo de sua força. Até mesmo seu nome é um mistério. Etimologicamente a palavra hebraica deriva-se de SEMES significa “sol” ou “pequeno sol”, embora outros o liguem com “servir” ou com “forte”. Certamente extraordinária e prodigiosa era sua força mas somente quando o Espírito de Deus se apossava dele, que de fato não era sua força, pois a força descomunal era adquirida do Espírito Santo Deus, logo Sansão na sua própria carne era um indivíduo fracote, tinha músculos, mas não tinha força! A sua força era destinada a cumprir uma missão de liberação divinamente ordenada. Ele só compreendeu isso no último momento da sua existência humana. Em vez de usar sua força para servir, usara-a para ser “pequeno sol”, para se fazer o centro brilhante do espetáculo, isto é próprio do ser humano que quer dividir a glória com o Senhor Jesus O SOL DA JUSTIÇA, Dele sim é a força, a Glória, o Poder para sempre e sempre. É evidente que Sansão não era um psicopata ou um gigante de cérebro vazio, ou um tôlo. Ao contrário, ele era engenhoso, sensível, perspicaz, tinha veia poética (Juízes 14:14, 18 “14 Então lhes disse: Do comedor saiu comida, e do forte saiu doçura. E em três dias não puderam decifrar o enigma. 18 Disseram, pois, a Sansão os homens daquela cidade, ao sétimo dia, antes de se pôr o sol: Que coisa há mais doce do que o mel? E que coisa há mais forte do que o leão? E ele lhes disse: Se vós não lavrásseis com a minha novilha, nunca teríeis descoberto o meu enigma.”; 15:16 “Então disse Sansão: Com uma queixada de jumento, montões sobre montões; com uma queixada de jumento feri a mil homens.”) e repetidamente escapou das armadilhas dos filisteus (Juízes 16:2, 3 “E foi dito aos gazitas: Sansão entrou aqui. Cercaram-no, e toda a noite lhe puseram espias à porta da cidade; porém toda a noite estiveram quietos, dizendo: Até à luz da manhã esperaremos; então o mataremos. 3 Porém Sansão deitou-se até à meia noite, e à meia noite se levantou, e arrancou as portas da entrada da cidade com ambas as umbreiras, e juntamente com a tranca as tomou, pondo-as sobre os ombros; e levou-as para cima até ao cume do monte que está defronte de Hebrom.”).
“Ela agrada a meus olhos”.
Há um ponto chave nesta história que gostaria de estudar mais minuciosamente: a questão do olhar. A vista desempenha um papel importante do começo ao fim da vida de Sansão. Enamorou-se da mulher filistéia porque disse: “Ela agrada a meus olhos”, concupiscência dos olhos, a entrada dos nossos sentidos humanos “Então a mulher viu que a árvore tentava o apetite, era uma delícia para os olhos e desejável para adquirir discernimento. Pegou o fruto e o comeu; depois o deu também ao marido que estava com ela, e também ele comeu.”. O mesmo pode ter sucedido com Sansão em relação à prostituta de Gaza. Foi por causa disso que seus inimigos o puniram com cegueira? Ah! Sim, creio que este foi esse o ponto decisivo. Somente naquele momento Sansão pôde olhar para dentro de si mesmo e recuperar o sentido de sua vida e missão. Voltando-se então para Deus, pôde vencer o narcisismo, arrepender-se e mudar de vida, voltando o foco para missão para qual ele nasceu.
Conhecemos bem na Bíblia a história de outro homem: Davi, o homem segundo o coração de Deus, que no momento da guerra deveria estar envolvido na batalha mas não estava. Ele preferiu a ociosidade e passeando um dia pela varanda do seu palácio avistou uma bela mulher, mas era uma mulher proibida, ela era casada, mulher de Urias o seu general. Não nos deteremos aqui pois sabemos que todos conhecem a história e o resultado catastrófico deste olhar de Davi que cobiçou e depois veio a possuir Bate-Seba. O nosso enfoque também é a questão da cobiça do olhar que despertou os desejos proibidos que estavam escondidos no coração do Rei Davi. Esta história retrata os nossos mais íntimos desejos do coração, os homens são assim, movidos pelas carnais paixões.
O paradoxo existencial.
A mensagem bíblica volta-se repetidamente a este paradoxo existencial: castigo convertendo-se em bênção. O modelo básico é o exemplo de Cristo. A cruz, um símbolo de desgraça e humilhação, torna-se o emblema de expiação e redenção. Aqui, a história bíblica é contrária à mitologia. Ao passo que esta termina em tragédia, a outra abre as portas da esperança. O mito leva o narcisismo a seu desfecho fatal, ao passo que a mensagem bíblica nunca exclui a possibilidade de mudança, a Bíblia apresenta Jesus Cristo como a Única Esperança para o homem. Esta é a Divinal providência, contudo, transcende aquele enigma da vida de Sansão, as coisas mais estranhas têm acontecido. Como a morte falou de doçura e satisfação, mas sabemos muito bem de um caso enigmático e singular na história da humanidade, um caso mais Maravilhoso ainda em que a doçura da vida espiritual está relacionada com O HOMEM morto sobre a cruz do calvário no Gólgota.
Se Sansão tivesse vivido hoje teria sido o Hércules das telas cinematográficas e também dos vídeos. Ele certamente foi protagonista de um drama estético, mais do que o símbolo de heroísmo épico retratado nos filmes Superficialmente, sua história começa com exaltadas esperanças e termina em catástrofe, como no mito de Narciso. Importante salientar todavia, que o último ato na vida de Sansão foi um ato de consagração — um ato que mostrou esperança, fé e amor que se sacrifica por Deus e Seu povo. Só nesse momento ouviu ele a Deus. Sansão até então, tinha vivido como “sol” tentando atrair para si mesmo a fama, o destaque, vivendo à margem da transcendência, usando Deus a seu bel-prazer (Juízes 15:18 “E como tivesse grande sede, clamou ao Senhor, e disse: Pela mão do teu servo tu deste esta grande salvação; morrerei eu pois agora de sede, e cairei na mão destes incircuncisos?”). Foi na crise final que ele percebeu a dimensão da fé. Este fato se nos é extremamente intrigante. Saulo de Tarso, também viu a Jesus Cristo quando estava cego por três dias em Damasco (Atos 9:9 “E esteve três dias sem ver, e não comeu nem bebeu.”) na cegueira dos olhos humanos Paulo viu o Mistério da Igreja gloriosa, o Corpo Místico de Cristo. Que tremendo entendermos isto!
O triunfo da fé.
Estudando a mitologia grega, conhecemos a figura de Narciso que era o deus do amor-próprio, interessado apenas em satisfazer seu prazer, completamente indiferente para com Deus e as necessidades de outros. Ele simboliza no homem, orgulho, vaidade, convencimento e hedonismo. Muito de nossa cultura perpetua refletindo os valores falsos do narcisismo. A sociedade contemporânea em suas vãs filosofias humanas procura congelar a adolescência exorcizar a velhice, idolatrar o prazer e viver no espírito do encanto e da sedução, somos bombardeados pelo cinema, televisão, revistas, internet, com toda sorte de fantasias, compulsões e pulsões, taras sexuais, pedofilia, adultérios, etc. Mas o mito leva às drogas, adultérios, vícios, crimes, tragédia e destruição própria da raça humana cada vez mais degradada, cheia de pulsões e compulsões da carne fomentadas pelo diabo e seus anjos malditos por tudo aquilo que invade a nossa vida.
Em contraste com este mito fatal, a história bíblica de Sansão oferece ao homem deste tempo presente, uma alternativa de fé e esperança. De modo surpreendente, mas apropriado, Sansão está registrado nas Sagradas Escrituras na galeria dos heróis da fé (Hebreus 11:32 “que mais direi? Faltar-me-ia o tempo contando de Gideão, e de Baraque, e de Sansão, e de Jefté, e de Davi, e de Samuel e dos profetas,”). Por quê será? O que era heróico na vida desse indivíduo? Não eram nem suas proezas heróicas em combater os filisteus, nem a força de seu governo, mas o ato corajoso de entregar a vida para a salvação de seu povo. Diferente de Narciso, que sucumbiu ao encanto de contemplar a própria imagem, Sansão foi obrigado a deixar de contemplar a si mesmo a fim de responder ao chamado para o sacrifício. As horas escuras da crise, na sua cegueira, destruíram-lhe o orgulho e fizeram-no cumprir o alvo de sua vida, assumindo seu destino como libertador num gesto final. Preferiu morrer a fim de salvar seu povo da opressão estrangeira. Este é um dos aspectos da morte Expiatória de Cristo, e da sua Kenósis (esvaziar-Se de Si mesmo), Ele preferiu morrer por nós, preferiu a humilhação da cruz à Glória celestial, esta é a prova do Seu Amor
A vida de Sansão nos ensina!
É de fundamental importância que saibamos que neste mundo saturado com o culto do narcisismo, a história de Sansão ensina-nos que nada resta na vida quando se perde o senso de missão, da vocação, do chamamento celestial que Deus tem para cada um de nós. A narrativa bíblica consistentemente realça que o significado da vida pode ser achado em Deus e nEle somente — longe do eu e ancorado em fé, esperança e amor. Algumas coisas que impressionam na história de Sansão narrada nas Sagradas Escrituras: A primeira diz respeito ao ser espiritual que anunciou seu nascimento; segunda, refere-se à multiforme sabedoria de DEUS: O ESPÍRITO SANTO fez de Sansão o exército de um homem só.
Na contra-mão da história moderna do que é veiculado na cultura mundana – mundanité a escravidão do pecado iguala os homens “todos pecaram e destituídos estavam todos da Glória de Deus”, tornando-os imagem e semelhança da torpeza que cometem. São todos iguais na forma de ser e agir os tiranos, os pedófilos, os desregrados sexuais. Por sua vez a liberdade de Deus faz sobressair a individualidade do ente humano. Atente ao que diz o irmão C. S. Lewis: diz que o ESPÍRITO SANTO é como o sal que, preservando a mesma essência, realça o sabor diferenciado dos alimentos como a carne, o repolho, a sopa. Assim também DEUS quando enche a vida de uma pessoa faz sobressair a sua essência e verdadeira individualidade, livre das torpezas do pecado que escraviza e engana.
Houve uma Theofania no Primeiro Testamento, fato é que o próprio DEUS, na pessoa de JESUS, visitou Manoá o pai, e a mãe de Sansão para anunciar o filho e, que o ESPÍRITO DE DEUS tomou Sansão de forma única; jamais se viu nada igual àquilo que DEUS fez da vida dele, a exemplo de ter arrancado as portas de Gaza com ferrolhos e dobradiças. Quem assistiu “Cruzada” e viu as portas de Jerusalém pode ter referencial da façanha que Sansão realizou. Todavia, aquela massa muscular chamada Sansão tinha um ponto fraco: mulheres filistéias. À princípio seria possível inferir, pela força física, que Sansão era xucro, ignorante. Mas não, ele era dotado de inteligência, tanto é assim que foi Juiz em Israel; Sansão elaborava enigmas que os homens frustravam-se na tentativa de decifrar. Depois de sete dias os filisteus só conseguiram saber o significado de um enigma, tema de uma aposta, corrompendo sua recém esposa, então filistéia.
Sansão tinha um ponto fraco, “seu calcanhar de Aquiles”. Seu ponto fraco eram as mulheres, mas não era um maníaco sexual. Em vez de ser derrotado por mulheres, Sansão foi derrotado por sua própria arrogância e narcisismo, e também pela sua compulsão carnal, e falta de domínio próprio. A carne foi o maior gigante que Sansão enfrentou e fraquejou diante da aparência frágil da mulher Dalila, e por ela foi derrotado mais de uma vez. Vemos a astúcia de Dalila, como diz o provérbio popular “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura” com “jeitinho” Dalila penetrou nos mais íntimos segredos do musculoso Sansão e o derrotou. A despeito da sua inteligência e “sua força física” Mas foi Dalila quem conseguiu entregar Sansão nas mãos de seus inimigos filisteus – Juízes, Capítulo 16, Versículos 4 a 21: “Depois disto, aconteceu que se afeiçoou a uma mulher do vale de Soreque, a qual se chamava Dalila. Então, os príncipes dos filisteus subiram a ela e lhe disseram: Persuade-o e vê em que consiste a sua grande força e com que poderíamos dominá-lo e amarrá-lo, para assim o subjugarmos; e te daremos cada um mil e cem siclos de prata. Disse, pois, Dalila a Sansão: Declara-me, peço-te, em que consiste a tua grande força e com que poderias ser amarrado para te poderem subjugar. Respondeu-lhe Sansão: Se me amarrarem com sete tendões frescos, ainda não secos, então me enfraquecerei, e serei como qualquer outro homem. Os príncipes dos filisteus trouxeram a Dalila tendões frescos, que ainda não estavam secos; e com os tendões ela o amarrou. Tinha ela no seu quarto interior homens escondidos. Então, ela lhe disse: Os filisteus vêm sobre ti, Sansão! Quebrou ele os tendões como se quebra o fio da estopa chamuscada; assim, não se soube em que lhe consistia a força. Disse Dalila a Sansão: Eis que zombaste de mim e me disseste mentiras; ora, declara-me, agora, com que poderias ser amarrado. Ele lhe disse: Se me amarrarem bem com cordas novas, com que se não tenha feito obra nenhuma, então, me enfraquecerei e serei como qualquer outro homem. Dalila tomou cordas novas, e o amarrou, e disse-lhe: Os filisteus vêm sobre ti, Sansão! Tinha ela no seu quarto interior homens escondidos. Ele as rebentou de seus braços como um fio. Disse: Dalila a Sansão: Até agora, tens zombado de mim e me tem dito mentiras. Declara-me, pois, agora, com que poderias ser amarrado? Ele lhe respondeu: Se teceres as sete tranças da minha cabeça com a urdidura da teia e se as firmares com pino de tear; então, me enfraquecerei e serei como qualquer outro homem. Enquanto ele dormia, tomou ela as sete tranças e as teceu com a urdidura da teia. E as fixou com um pino de tear e disse-lhe: Os filisteus vêm sobre ti, Sansão! Então, despertou do seu sono e arrancou o pino e a urdidura da teia. Então, ela lhe disse: Como dizes que me amas, se não está comigo o teu coração? Já três vezes zombaste do mim e ainda não me declaraste em que consiste a tua grande força. Importunando-o ela todos os dias com as suas palavras e molestando-o, apoderou-se da alma dele uma impaciência de matar. Descobriu-lhe todo o coração e lhe disse: Nunca subiu navalha à minha cabeça, porque sou nazireu de Deus, desde o ventre de minha mãe; se vier a ser rapado, ir-se-á de mim a minha força, e me enfraquecerei e serei como qualquer outro homem. Vendo, pois, Dalila que já ele lhe descobrira todo o coração, mandou chamar os príncipes dos filisteus, dizendo: subi mais esta vez, porque, agora, me descobriu ele todo o coração. Então, os príncipes dos filisteus subiram a ter com ela e trouxeram com ele o dinheiro. Então, Dalila fez dormir Sansão nos joelhos dela e, tendo chamado um homem, mandou rapar-lhe as sete tranças da cabeça, passou ela a subjugá-lo; e retirou-se a sua força. E disse ele aos filisteus vêm sobre ti Sansão! Tendo ele despertado do seu sono, disse consigo mesmo: Sairei ainda esta vez como dantes de me livrarei; porque ele não sabia ainda que já o Senhor se tinha retirado dele. Então, os filisteus pegaram nele, e lhe vazaram os olhos, e o fizeram descer a Gaza; amarraram–no com duas cadeias de bronze, e virava um moinho no cárcere. E o cabelo da sua cabeça, logo após ser parado, começou a crescer de novo.”
O Drama de Sansão.
O drama vivido por Sansão começa com o verbo “afeiçoar”. Isto foi tão forte, o desejo obtido pelo olhar, chegou ao coração e ele afeiçoou-se à Dalila. Embora o celestial propósito de DEUS na vida de Sansão era municiá-lo, armá-lo, com força e poder afim de ser um instrumento de libertação. O Senhor DEUS Todo Poderoso sempre age para libertar seu povo que constantemente é levado a desviar-se rumo ao mal, rumo à escravidão. O jugo de escravidão do povo filisteu sobre Israel era resultado do pecado da nação que clamou a DEUS e arrependeu-se de seus pecados. A resposta de DEUS foi Sansão, filho de Manoá, da tribo de Dã, uma das doze tribos de Israel, aliás desta tribo a Bíblia só registra dois grandes vultos na história do povo de Israel, Débora a Profetiza e também Juíza, e Sansão o homem a quem DEUS dera um segredo; ledo engano pensar que a força de Sansão estava nos seus cabelos compridos. O segredo da sua força era O próprio Deus agindo nele, era se guardar, não revelar, não se expor, este era o enigma para se guardar, não abri o seu tesouro aos amigos e inimigos. O diabo no decorrer da história do povo de Deus sempre quer saber os segredos de DEUS para preservar a porta da liberdade trancada, e para trazer jugo sobre este povo.
Sansão conhecia o poder de DEUS que visitara seus pais anunciando a eles o seu nascimento, ele conhecia a Lei do seu DEUS; sabia da proibição de envolver-se com mulheres estrangeiras e também foi alertado por seus pais para não tomar mulheres estrangeiras (Juizes 14:3), embora tivesse sido desobediente em não guardar o pacto com Deus. Interessante que Sansão cria na sua capacidade de discernimento, ainda que afrontando ensinamentos do DEUS ALTíSSIMO, daí enganar Dalila por três vezes, até ser dobrado pela fragilidade da força da mulher, que aparentemente fraca venceu a sua força. Ele poderia ter desvencilhado dela por três vezes, também teve oportunidade de sair livre. Mas não percebeu que o ESPÍRITO DO SENHOR o havia deixado, que coisa mais triste quando a Glória do Senhor se vai de nós (ICABODE- foi-se a Glória do Senhor). A bem da verdade o ESPÍRITO SANTO, na maioria das vezes em que atua, caracteriza-se pela sutileza e pela suavidade... Até no momento de deixar Sansão e este não percebeu porque estava embriagado de amor erótico por Dalila. Logo podemos perguntar: como Sansão deixou de perceber que Dalila estava mancomunada com os filisteus para lhe entregar, a despeito de haver resistido por tanto tempo? A resposta está em Oséias, Capítulo 4, Versículo 11: “A sensualidade, o vinho e o mosto tiram o entendimento.”
A lei do SENHOR é perfeita e restaura a alma, e dá sabedoria aos símplices. O Soberano DEUS sabe que existe um limítrofe em que o homem consegue deter o controle das próprias faculdades, das próprias convulsões internas que vão se exteriorizando gradativamente como um vulcão entrando em erupção e suas lavas vão se derramando e por onde passa deixa no caminho as marcas da destruição; da mesma forma, sabe que a sensualidade, os desejos e compulsões sexuais eróticos bloqueiam a capacidade de discernir e configura o blackout da razão. Este texto acima associa intimamente a revelação do segredo com a entrega do seu corpo, do seu coração de homem, é do coração do homem que procede o mal, a impureza, a lascívia. Sem nenhuma dúvida esse foi o maior erro de Sansão: Entregou de mão beijada o centro das suas emoções à pessoa errada, a uma prostituta, a uma mercenária. Assim diz o ALTÍSSIMO em Provérbios, Capítulo 23, Versículo 26: “Dá-me, filho meu, o teu coração, e os teus olhos se agradem dos meus caminhos.”
A história afinal da queda de Sansão é apenas e tão somente uma metáfora figurada das conseqüências do pecado do homem carnal. Primeiro vem a cegueira - perda da capacidade de enxergar além do seu próprio nariz. Segundo, a entrega dos membros à escravidão da carne - é como rodar um moinho em círculo, um engenho que é tocado por bois ou jumentos em círculos para moer a cana, para voltar ao mesmo lugar, como pessoas que gravitam em torno da própria miséria, como um cão que come, enfastia, e depois vomita e mais tarde volta ao seu próprio vômito e o come ou ainda como os porcos que mesmo depois de limpos, voltam-se prazerosamente a enlamearem-se, e, enfim, a morte. Porque a paga final do pecado é a morte!

O ENIGMA PROFÉTICO DE SANSÃO

    O ENIGMA PROFÉTICO DE SANSÃO

Juízes 14: 1 a 19
 

a História de Sansão encerra e ensina;
 

Neste Artigo sobre SANSÃO vou abordar
  Lições boas ;
 

Para quem ainda não se convenceu de que
a BÍBLIA é um LIVRO ENIGMÁTICO,  deixo mais este assunto para
corroborar o ENIGMA DO SETENTA que mostra muitos esclarecimentos, para
àqueles que estão esperando, com paciência, com TEMOR e sem TREMOR, o
Arrebatamento da Igreja;
 

Sansão foi um dos Juízes que
julgou o povo de Israel num período em que Deus teocraticamente agia através de
homens escolhidos e ungidos.
 

O Enigma de Sansão tem dois
significados, além de outras Lições Teológicas, sendo um explicado pelo próprio
Sansão, e outro significado não explicado e PROFÉTICO;
 

Quem lê a referência indicada
entende que se trata de algo sobrenatural :

 

Um LEÃO morto que ao invés de putrefazer, transforma-se misteriosamente num enxame de abelhas com mel;:
 

Trata-se de um enigma PROFÉTICO
sobre JESUS
;
 

O OBJETIVO principal deste
Assunto, é provar que DEUS fala por ENIGMAS;

 

A História de Sansão, por si só, já
é um Enigma;

 

Dentro dessa História, nós encontramos
um Enigma envolvendo outros Enigmas, como vamos estudar a seguir:
 

JUÍZES 14: 5 - Desceu, pois, Sansão com
seu pai e com sua mãe a Timnate. E, chegando ele às vinhas de Timnate, um
leão novo
, rugindo, saiu-lhe ao encontro
 

DETALHES:
 

- “Sansão” –
 

- “com seu pai e sua mãe”
 

– “um leão novo”
 

"Sansão" a maior autoridade dos judeus
de sua época , simboliza teologicamente a figura das Autoridades Judaicas que
com suas próprias mãos entregaram JESUS aos Romanos;
 

"O leão novo", simboliza a
figura de JESUS – O Leão da tribo de Judá (Juízes 14: 5 ) ( Apocalipse 5:
5 );
 

"Com seu pai e sua mãe",
simboliza a figura dos PAIS DO JUDAISMO, na figura dos responsáveis pelo
Judaísmo da época de Jesus, profeticamente.
 

Apocalipses 5: 5 contextualiza com
Juízes 14: 5 em relação ao leão :
 

APOCALIPSE 5: 5 - E disse-me um dos
anciãos: Não chores; eis aqui o Leão da tribo de Judá, a raiz de Davi, que
venceu, para abrir o livro e desatar os seus sete selos

 

JUÍZES 14: 6 - Então o Espírito do
Senhor se apossou dele, de modo que ele, sem ter coisa alguma na mão, despedaçou
o leão como se fosse um cabrito. E não disse nem a seu pai nem a sua mãe o que
tinha feito.
 

Sansão mata o leão com as mãos,
simbolizando a morte de JESUS pelos Judeus, que O entregaram com suas próprias
mãos, aos Romanos (Juízes 14: 6 )
 

Os Romanos foram os Carrascos, mas
os responsáveis pela morte de Jesus foram os Judeus;

 

JUÍZES 14: 8 - E depois de alguns dias
voltou ele para tomá-la; e, apartando-se do caminho para ver o corpo do leão
morto, eis que nele havia um enxame de abelhas com mel.
 

Depois de alguns dias o leão morto
transforma-se num enxame de abelhas com mel, simbolizando a IGREJA que se
formou em CRISTO JESUS, após Sua morte e ressurreição (Juízes 14: 8 );
 

JUÍZES 14: 9 - E tomou-o nas suas mãos,
e foi andando e comendo dele; e foi a seu pai e a sua mãe, e deu-lhes do mel, e
comeram; porém não lhes deu a saber que tomara o mel do corpo do leão.
 

A presença dos pais de Sansão na
ocasião da morte do leão e terem comido do mel que se transformou o corpo do
leão tem o simbolismo de mostrar, PROFETICAMENTE, como os “Pais do
Judaísmo” – responsáveis pelo Judaísmo - tiveram participação, próxima, na morte
de JESUS, porém  ainda vão – ISRAEL como  Nação - “comer” do “MEL DA
SALVAÇÃO”
– O MESSIAS – JESUS;
 

Precisa ficar claro que as abelhas não
fazem colméia em animal em decomposição, logo, Deus usou este Artifício
sobrenatural para caracterizar uma Mensagem Profética e Enigmática;

 

O ENIGMA de SANSÃO, propriamente
dito, envolve um complexo ENIGMA PROFÉTICO de JESUS ( Juízes 14:
14 ) :
 

JUÍZES 14: 14 - Então lhes disse: Do
comedor saiu comida, e do forte saiu doçura. E em três dias não puderam
decifrar o enigma.
 

“Do comedor saiu comida” quer
dizer : Do Leão da Tribo de Judá (JESUS) saiu o Alimento para a VIDA ETERNA ( João 6: 55 )
 

JOÃO 6: 55 - Porque a minha carne
verdadeiramente é comida, e o meu sangue verdadeiramente é bebida.

 

“Do forte saiu doçura” quer
dizer : Do ( forte ) Onipotente (Mt 28: 18) (Jesus) saiu o
MEL
( doçura ), simbolizando a SALVAÇÃO que se transformou
a morte de JESUS, para quem O aceita como Salvador Eterno;
 

JUÍZES 14: 14b - E em três dias não puderam decifrar o ENIGMA :
 

Quer dizer que SOMENTE após os
três dias
da morte de Jesus e Sua ressurreição foi que  ficou plenamente
entendido TEOLOGICAMENTE todo o MISTÉRIO  e  MINISTÉRIO DE
JESUS

 

Para quem não tem pleno conhecimento da
afirmação acima, sugiro a leitura do Capitulo 24 do Livro de Lucas:
 

A Ressurreição de Jesus – Lucas 24:
1 a 12

 

Os Discípulos no Caminho de Emaús –
Lucas 24: 13 a 35

 

Jesus Aparece aos Discípulos – Lucas
24: 36 a 43

 

Jesus Explica as Escrituras – Lucas
24: 44 a 49

 

A Ascensão de Jesus – Lucas 24: 50 a
53
.
 

CON CLUSÃO :
 

O Enigma de Sansão é uma demonstração
clara de como Deus fala por Enigmas na Sua Palavra;
 

JUÍZES 14: 14 - Então lhes disse: Do
comedor saiu comida, e do forte saiu doçura. E em três dias não puderam decifrar
o enigma.
 

"Do comedor saiu comida" – Jesus era
considerado um glutão pelos Fariseus e demais opositores, pois, ao que tudo
indica, desenvolvia uma atividade MINISTERIAL intensa, e sentia muito
apetite ao se alimentar, a ponto DELE mesmo repetir as palavras de seus
opositores:
 

Lucas 7: 34: Veio o Filho do homem,
comendo e bebendo, e dizeis: Eis aí um glutão e bebedor de vinho, amigo de
publicanos e pecadores;
 

"Do forte saiu doçura" – Do Leão
morto – JESUS  Ressurreto – saiu a – doçura – SALVAÇÃO
 

No Deus Filho está a ONIPOTÊNCIA ( João 1: 3 ) ( Mt 28: 18 ) ( Filipenses 3: 21 ).
 

O Enigma de Sansão é uma Profecia
Enigmática
sobre a morte de Jesus, anterior aos Profetas.
 

A  TEOLOGIA é a Ciência dos Enigmas de
Deus, e, a BÍBLIA é o Livro Teológico que contém toda a Verdade, porém encoberta
por Enigmas, mas revelados no devido tempo, por Deus, em exegese e hermenêutica,
contextualizados.
 

Desnecessário é citar os textos da
morte, ressurreição e formação da Igreja de Cristo, amplamente conhecidos no
Novo Testamento.
 

A Bíblia é um Livro Enigmático por
Excelência de Deus
, e, querer interpretá-la literalmente tem sido a
causa de tantos comentários desacreditados:
 

Números 12: 8
 "Boca a boca falo com ele, claramente e
não por ENIGMAS; pois ele vê a semelhança do SENHOR; por que, pois, não tivestes
temor de falar contra o meu servo, contra Moisés?"
 

"Este Artigo e de inspiração posterior
à Publicação do Livro anunciado"
 

Curiosidades Biblicas


Quem escreveu a Bíblia ?
              
A Bíblia foi escrita e inspirada por Deus .
  varios homem de  Deus que escreveram,eles não escreveram  de uma só vez. 
            A Biblia traz as experiências da caminhada de um povo por isso é a reflexão sobre a vida do homem e a resposta aos problemas existenciais ligando-os a Deus. É a reflexão sobre a vida humana e sobre Deus. O povo escolhido, o povo da Bíblia, discutia suas experiências, obtinha respostas luminadas pela fé, que depois, ao longo do tempo foram escritas. Deus era sempre a referência, o ponto de partida, o centro da vida desse povo. Por isso, foram muitos os autores que, iluminados por Deus, escreveram a Bíblia com estilos literários diferentes. Quando a lemos, percebemos a ação de Deus na caminhada humana que quer o bem de todos os homens e mulheres. Constatamos também o esforço de homens e mulheres que querem, que procuram conhecer e praticar a vontade de Deus. Em síntese, a resposta sobre quem escreveu a Bíblia é simples: foram muitas as pessoas que a escreveram, todas elas  inspiradas por Deus, então, o grande Autor das Sagradas Escrituras é Deus que usou de mãos humanas para escrevê-la.

             
Quando foi escrita ?
             
Já abordamos acima que a Bíblia levou muito tempo para ser escrita. Estudiosos de hoje consideram que ela começou a ser escrita a partir do século IX antes de Cristo. O último livro a ser escrito foi o Livro da Sabedoria que se estima ter sido redigido por volta de cinqüenta anos antes de Cristo. Portanto, não temos uma data com dia, mês e ano, porque sua escrita ocorreu lentamente e muito bem preparada por Deus.

             
Por que se chama Bíblia ?
             
Embora a Bíblia, na concepção de livro que temos hoje, se constitua num único volume, seu nome indica que ela não é apenas um livro, mas uma coleção de livros, alguns mais longos, outros muito curtos como o Livro do Profeta Ageu com apenas duas folhas. Daí a palavra “Bíblia” em grego significar “livros”, isto é, um conjunto de livros. E de fato ela é formada pela reunião de sessenta e seis livros que trazem diversos temas. Mesmo com temas variados, os livros da Bíblia sempre tratam de um mesmo assunto: a reflexão crítica sobre a vida, a caminhada de Deus com seu povo.

         
Por que dizemos Bíblia Sagrada ?
             
Consideramos a Bíblia como sagrada porque ela é a Palavra de Deus. Quando contemplamos a natureza, o mundo em que vivemos, o universo, sempre nos perguntamos: Como tudo originou ? Quem fez essa maravilha ? Ao tentarmos responder a estas perguntas, sempre vem à nossa mente a idéia de alguém que criou tudo isso. O universo não apareceu por si, por acaso. Toda a criação é um modo de Deus comunicar-se com o ser humano, uma comunicação amorosa. Tudo o que foi criado é obra de Deus, a natureza fala a linguagem de Deus, o universo com suas leis naturais também fala a linguagem de Deus. Ele fala ao ser humano por meio de acontecimentos. A Bíblia nasceu com o próprio homem, pois o homem percebeu, nos fatos e nas experiências da vida, que Deus sempre lhe falou. Em todas as culturas encontramos a religião como forma do homem se relacionar com Deus, de se ligar a Deus. Para o povo da Bíblia, ela começou a ser entendida como Palavra de Deus, a voz de Deus cerca de mil e oitocentos anos antes de Cristo, quando nosso pai Abraão experimentou Deus e entendeu que Ele lhe falava pelos acontecimentos. A partir desta experiência de Deus, a vida de Abraão mudou completamente. Ele passou a interpretar os sinais do Senhor nos acontecimentos e a segui-los. Começa então a ter importância as tradições e experiências com Deus que constituirão parte fundamental da Bíblia.       A Bíblia é Sagrada porque relata toda essa experiência do homem com Deus, relata a caminhada do homem com  Deus, construindo a história... História da Salvação.

IDADE DOS PERSONAGENS BÍBLICOS

A IDADE DOS PERSONAGENS BÍBLICOS
 
A idade dos personagens bíblicos tem deixado muitas pessoas intrigadas, porque são tentadas a pensar que os homens não viveram tanto tempo como a Bíblia diz e isso se deve a falácia de que a forma de contar os anos era diferente da nossa e também de que era impossível alguém viver centenas de anos. Longe de mim está a tentativa de esgotar o assunto, mas a meu ver nenhuma das duas é consistente o suficiente para dar-lhes crédito. Dessa forma, tecerei alguns comentários e enfocarei o assunto sob o ponto de vista bíblico literal.
Não podemos esquecer que fomos feitos à imagem e semelhança de Deus (Gn 1:26), e o propósito de Deus, era que o homem vivesse eternamente à partir do sopro de vida sobre Adão formado do pó da terra (Gn 2:7). Colocou-o no Jardim do Éden e deu-lhe a seguinte ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás, porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás (Gn 2:16-17). Em que pese o homem ter desobedecido a Deus, enganado que foi por Satanás, não morreu no dia em que pecou conforme estava ordenado literalmente no texto. Ocorre que para Deus mil anos são como o dia de ontem que passou, e como uma vigília da noite (Salmo 90:4). O apóstolo Pedro em sua Segunda Epístola, chama à atenção para este fato dizendo: - “Há, todavia, uma coisa, amados, que não devemos esquecer: que, para  o Senhor, um dia é como mil anos, e mil anos, como um dia” (II Pe 3:8). Como nenhum dos personagens bíblicos viveu mais de mil anos, deduzimos naturalmente que o homem morreu realmente no mesmo dia em que pecou. A existência humana que inicialmente estava prevista para ser eterna sobre a terra, perdeu este privilégio, por causa do pecado. Agora, tanto homem quanto mulher, estavam destinados a ter a vida terrena de modo passageiro. Quer dizer: - “no dia em que dela comeres, certamente morrerás”, não se cumpriu de imediato e literalmente, mas a morte passou a existir e a vida do ser humano passou a ser passageira na terra.
Nos primórdios, o homem vivia muito mais e acreditamos que fatores climático; qualidade de vida; inexistência de doenças; e necessidade de um mundo habitado postergavam a vida. Acrescente-se  a esses fatores o desejo de Deus por um mundo habitado: - “...Sede fecundos, multiplicai-vos, enchei a terra e sujeitai-a”.(Gn 1:28). E, o envolvimento direto que os primeiros seres humanos tiveram com Deus. Tudo isso fazia com que a vida dos primeiros homens fosse centenária. Deus falava e conversava com muitos deles. Primeiro com Adão, depois com Caim, com Noé, Abraão, Isaque, Jacó, Moises e com os profetas. Deus falava e os ouvia. Deus na sua misericórdia e na sua soberania, aprouve dar centenas de anos de vida aos primeiros homens, com o propósito de colocar em prática o projeto de salvação. 
Os personagens bíblicos viveram conforme está descrito literalmente nos textos. Não podemos dar tratamento diferentes ou imaginarmos que a contagem dos anos era diferente da de nossos dias. É evidente que o nosso calendário é diferente, mas o tempo contado é o mesmo. Não podemos diferenciar tempos de idades dentro de um mesmo livro da Bíblia. Dentro de livros diferentes no Antigo Testamento nem no Novo Testamento. Nem ser tentado a imaginar, que com o decorrer do tempo em épocas diferentes a contagem teria sido diferente. Não temos argumentos para contrariar a forma de contar os anos de vida dos personagens bíblicos nos quatro mil anos que decorreram entre Adão e Jesus, usando dois pesos ou duas medidas. Vamos encontrar na Bíblia personagens que viveram muito e personagens que viveram pouco.
Já vi, argumento do tipo que dizia que no mínimo a idade dos personagens bíblicos deveria ser dividida por dez. Simplesmente um engano e uma contradição. Se assim o fosse, como ficaríamos no texto em que Sara esposa de Abraão é considerada velha para ter uma filho? Vejamos: Sara tinha noventa anos e foi considerada velha (Gn 17:17). Perfeito. Se dividíssemos a sua idade por dez, ela teria nove anos. Nove anos! Simplesmente uma criança e não uma velha. Logo, concluímos que Sara tinha a idade que a Bíblia relata. E ela era de idade avançada mesmo. Ela tinha noventa anos. Abrimos aqui um parêntese, para dizermos que não estamos questionando a sua capacidade de gerar um filho aos noventa anos. Deus em sua soberania o prometeu e o cumpriu. Ora, o que Sara imaginou ser impossível, Deus o fez possível e ela deu à luz a Isaque  Estamos questionando apenas a idéia de dividir-se as idades por dez, o que é absolutamente inconsistente. No mesmo texto, lemos que Abraão contava com cem anos. Se dividíssemos a sua idade por dez, acharíamos 10 anos. Logo, Abraão seria uma criança e não um ancião como foi a sua alegação na oportunidade.    
Recentemente, a mídia divulgou, que na Índia, uma senhora de setenta e dois anos de idade deu à luz a um filho e estava passando bem. Ora, já se passaram dezenas e dezenas de séculos depois de Sara, no entanto vemos uma anciã procriando. Isso só corrobora para reforçar os argumentos de que não era impossível termos homens vivendo tantos anos e mulheres procriando à semelhança do que lemos nos textos bíblicos.    
No presente século, muitas e muitas pessoas viveram e estão vivendo acima dos cem anos de idade. Isto significa quase quinze por cento to tempo de vida para os personagens bíblicos, que viveram em torno de novecentos anos. O que é compreensível, partindo-se do ponto de vista de que houve perda da qualidade de vida motivada por doenças, maus hábitos alimentares, vícios etc, através dos séculos que nos separam dos homens centenários. Quero dizer que através dos séculos os homens diminuíram vertiginosamente o seu tempo de vida. Houve épocas como na idade média que este tempo de vida foi ainda menor, por causa de guerras, conflitos, doenças etc. Hoje já se fala em uma maior expectativa de vida em decorrência da busca incessante da ciência por qualidade de vida que possa resultar em maior tempo de existência do homem., ao que se tem chamado de longevidade. Recentemente, a mídia divulgou, que os cientistas chegaram a conclusão de que é possível ao homem chegar a viver em torno de duzentos anos, desde que conte  com condições favoráveis desde o início de suas vidas. Obedecendo determinados padrões de qualidade de vida etc. Esta possibilidade em nossos dias guarda coerência com a existência centenária de vida que foi possível ao homem nos primórdios.  
No Salmos 90:10 Davi diz: - “A duração da nossa vida é de setenta anos; e se alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta anos, a medida deles é canseira e enfado; pois passa rapidamente, e nós voamos sobre a idade do homem.”. Isto há cerca de  quatro mil anos. Na verdade não mudou muito através dos séculos até nossos dias, estamos mais ou menos na mesma situação a partir do escrito de Davi.
A forma de contar os anos guardou coerência entre as informações constante nos textos e em livros bíblicos diferentes.
Em Gn 5:3. Temos que: -  “Adão [viveu] cento e trinta anos, e gerou um filho à sua semelhança, conforme a sua imagem, e pôs-lhe o nome de Sete.
Em Gn 5:5 “Todos os dias que Adão [viveu] foram novecentos e trinta anos; e morreu.”
Em Gn 5:6 “Sete [viveu] cento e cinco anos, e gerou a Enos”. Sendo que: “Todos os dias de Sete foram novecentos e doze anos; e [morreu]” (Gn 5:8).
Em Gn 5:9 “Enos [viveu] noventa anos, e gerou a Quenã”, sendo que:” [Viveu] Enos, depois que gerou a Quenã, oitocentos e quinze anos; e gerou filhos e filhas. Gn 5:11 “Todos os dias de Enos foram novecentos e cinco anos; e [morreu]”.
Em Gn 5:12 “Quenã [viveu] setenta anos, e gerou a Maalalel. Sendo que:: “Todos os dias de Quenã foram novecentos e dez anos; e [morreu]” (Gn 5:14).
Em Gn 5:15 “Maalalel [viveu] sessenta e cinco anos, e gerou a Jarede. Sendo que: “Todos os dias de Maalalel foram oitocentos e noventa e cinco anos; e [morreu]”, (Gn 5:17).
Em Gn 5:18 “Jarede [viveu] cento e sessenta e dois anos, e gerou a Enoque”. Sendo que: “Todos os dias de Jarede foram novecentos e sessenta e dois anos; e [morreu]”. (Gn 5:20)
Em Gn 5:21 “Enoque [viveu] sessenta e cinco anos, e gerou a Metusalém
Em Gn 5:22 “Andou Enoque com Deus; e, depois que gerou a Metusalém, viveu trezentos anos; e teve filhos e filhas”.
Em Gn 5:23 “Todos os dias de Enoque foram trezentos e sessenta e cinco anos”. A Bíblia não diz que este homem morreu. Mas, diz que ele andou com Deus e já não era, porque Deus o tomou para si (Gn 5:24). Por isso no meio desta genealogia em que todos estavam vivendo acima de novecentos anos, Enoque viveu cerca de um terço da idade dos demais, porque Deus para si o tomou e ele não morreu. Em continuação, temos:  
Em Gn 5:25 “Matusalém [viveu] cento e oitenta e sete anos, e gerou a Lameque”. Sendo que: “Todos os dias de Matusalém foram novecentos e sessenta e nove anos; e [morreu]” (Gn 5:27).
Em Gn 5:28 “Lameque [viveu] cento e oitenta e dois anos, e gerou um filho.”
Em Gn 5:31 “Todos os dias de Lameque foram setecentos e setenta e sete anos; e [morreu].
Em Gn 9:29 “E foram todos os dias de Noé novecentos e cinqüenta anos; e [morreu]”.
A partir daqui o texto suspendeu o relato de “...e foram todos os dias...”, por isso não teremos o total dos anos de vida dos personagens seguintes, a saber:
Em Gn 11:11 “E [viveu] Sem, depois que gerou a Arfaxade, quinhentos anos; e gerou filhos e filhas”.
Gn 11:12 Arfaxade [viveu] trinta e cinco anos, e gerou a Selá.
Gn 11:14 Selá [viveu] trinta anos, e gerou a Eber.
Gn 11:16 Eber [viveu] trinta e quatro anos, e gerou a Pelegue.
Gn 11:18 Pelegue [viveu] trinta anos, e gerou a Reú.
Gn 11:20 Reú [viveu] trinta e dois anos, e gerou a Serugue.
Gn 11:22 Serugue [viveu] trinta anos, e gerou a Naor.
Gn 11:24 Naor [viveu] vinte e nove anos, e gerou a Tera.
Gn 11:26 Tera [viveu] setenta anos, e gerou a Abrão, a Naor e a Harã.
A seguir o texto bíblico passou a descrever novamente o total de anos vivido pelos personagens, que passou  a ser bem menor que os anteriores, assim:
Em Gn 11:32 “Foram os dias de Tera duzentos e cinco anos; e [morreu] Tera em Harã.”
Em Gn 25.7 “Estes, pois, são os dias dos anos da vida de Abraão, que ele [viveu]: cento e setenta e, cinco anos.”
Depois que gerou a Isaque, Abraão viveu mais 75 anos.
Gn 47:28 “E Jacó [viveu] na terra do Egito dezessete anos; de modo que os dias de Jacó, os anos da sua vida, foram cento e quarenta e sete anos.”
Gn 50:26 “Assim [morreu] José, tendo cento e dez anos de idade; e o embalsamaram e o puseram num caixão no Egito”.
Números 33:39 “E Arão tinha cento e vinte e três anos de idade, quando [morreu] no monte Hor.”
Deuteronômio 34:7 “Tinha Moisés cento e vinte anos quando [morreu]; não se lhe escurecera a vista, nem se lhe fugira o vigor.”
 
Josué 24:29 “Depois destas coisas Josué, filho de Num, servo do Senhor, [morreu], tendo cento e dez anos de idade;”
Nesta genealogia, apresentada nos livros mencionados, os anos das idades de existência dos personagens bíblicos, decresceram através dos séculos. Assim, Matusalém, um dos primeiros na genealogia viveu novecentos e sessenta e nove anos (Gn 5:27).
A partir do dilúvio a expectativa de vida dos personagens caiu para menos que duzentos anos. Noé foi o último a viver mais de novecentos anos.
Pelo exposto não podemos atribuir interpretações diferentes para o tempo de existência dos personagens bíblicos. É o Gênesis que narra as idades acima de novecentos anos. É no Gênesis que Sara tem noventa anos quando engravida tendo Abraão cem anos. É no Gênesis que os descendentes de Noé passam a viver menos de duzentos anos. Na verdade, mais próximo de cem anos do que de duzentos propriamente dito. Nas narrativas dos cinco Livros da Lei ou Pentatêuco, constatamos coerentemente que os homens tiveram literalmente os anos de vida que a Bíblia diz ter. Não poderíamos jamais dar interpretações diferentes para a forma de contar os anos, quer pareçam muito ou pouco e jamais dividi-los para adequÁ-los a nossa cosmovisão atual.
Pelos dados dos últimos textos mencionadas, as idades dos personagens já se achavam bastante próximas das que vimos em nossos dias: José, Arão, Moisés e Josué  viveram entre cento e dez e cento e vinte e três anos.
O último relato bíblico a cerca da idade total de um de seus personagens é a de Josué que viveu cento e dez anos (Josué 24:29). A partir daí é omitido este tipo de informação no restante dos livros tanto no Antigo, como no Novo Testamento.
Há muitas outras passagens à respeito de tempos em anos mencionados no Antigo Testamento, mormente com relação aos tempos de governo dos Reis e outros, que não seria necessário recorrer para reforçar o nosso argumento, porque chegaríamos as mesmas conclusões. Os tempos relativos as idades dos personagens bíblicos é rico em informações e relatos que foram suficientes para darmos luz ao assunto. Para tanto, bastou a observância da genealogia dos primeiros personagens e a coerência com as demais citações dentro da Bíblia, principalmente no Antigo Testamento.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

DEUS EM HEBRAICO

ALGUNS NOMES DE DEUS EM HEBRAICO


Caracteres que representam o nome de Deus nas Escrituras em Hebraico

(ABBA) = Paizinho  Mc 14.36
(ELOHIN) = O Criador  Gn 3.3
(EL ELYON) = O Exaltado  Gn 14.18-20
(EL OLAM) = O Eterno Deus Gn 21.33
(SHAPAT) = O Líder que profere sentenças  Gn 18.25
(EL ROI) = O que atende às necessidades  Gn 16.13
(QEDOSH YISRA'EL) = O Deus exclusivo de Israel  Is 1.4
(YHWH) = Senhor  I Sm 1.20
(YHWH Nissi) = Javé que protege  Ex 17.15
(YHWH Rohi) = O Deus que cuida com amor  Sl 23.1
( YHWH Shalom) = Javé é Paz  Jz 6.24
(YHWH Yereh) = Javé provê  Gn 22.14
(YHWH Sabaoth ) = Javé dos Exércitos  I Sm 1.3
( YHWH  Tsidekenu) = O Justo   Jr 23.6
(ADONAI) = O Dono  Sl 2.4
(SHADDAI) = O Deus Todo Poderoso  Rt 1.20

Yahevé”.

O NOME DE DEUS É YAOHU?

Existem alguns sites na internet que dizem que o nome de Deus é YAOHU.

O nome de Deus jamais poderia ser Yaohu, pois a vogal hebraica "Kamets" não tem o som de "ao", mas sim o som de "a" ou de "o", e a letra hebraica "Vav", no caso do tetragrama יהוה , é consoante, pois está seguida por uma vogal, que é indicada pela letra "He" final, e por isso neste caso a letra "Vav" tem som de "v".

O verdadeiro nome de Deus é Yahveh. Escrito em letras hebraicas é יַהְוֶה . Pronuncia-se “Yahvé”, mas se for pronunciado de maneira mais pausada, a pronúncia é “Yahevé”.

O nome de Deus, adaptado para a língua portuguesa, é “Javé”, ou “Jaevé”.

Veja a explicação detalhada da grafia e da pronúncia correta do nome de Deus.

 






















 Existe uma forma abreviada do nome de Deus, que é יָהּ . Pronuncia-se “Yáhe”, pois neste caso o “Hê” final é pronunciado, pois está com um ponto dentro dele, chamado “Mappiq”, o qual indica que o Hê deve ser pronunciado, apesar de estar no final da palavra.

Esta forma abreviada do nome de Deus, adaptada para a língua portuguesa, é “Jae”.

A forma abreviada do nome de Deus é usada no Tanach geralmente em trechos poéticos, como, por exemplo, Êxodo 15:2 e Salmos 118:5, e é usada também na expressão הַלְלוּ יָהּ  “halelú Yáhe", que adaptada para o português é "aleluia", a qual significa "louvai a Jae".

Em hebraico, formas abreviadas do nome de Deus são usadas para formar nomes próprios.

Existem cinco formas abreviadas do nome de Deus que são usadas para formar nomes próprios, sendo que duas são usadas como sufixo e três são usadas como prefixo:

As formas abreviadas do nome de Deus que são usadas como sufixos para formar nomes próprios são יָהוּ  “Yáhu" e יָה "Yá".

Exemplos:

יְשַׁעְיָהוּ “Yeshayáhu", que adaptado para o português é “Isaías”, que significa "Javé salva".

יְשַׁעְיָה "Yeshayá", forma mais abreviada do nome anterior.

יִרְמְיָהוּ "Yirmeyáhu", que adaptado para o português é “Jeremias”, que significa "Javé atira".

יִרְמְיָה "Yirmeyá", forma mais abreviada do nome anterior.

As formas abreviadas do nome de Deus que são usadas como prefixos para formar nomes próprios são יְהוֹ  “Yeho", יוֹ "Yo" e יֵ  “Ye".

Exemplos:

יְהוֹחָנָן  "Yehochanan", que adaptado para o português é “Jeoanã”, ou “Joanã”, ou “João”, que significa "Javé agraciou".

יוֹחָנָן "Yochanan", forma mais abreviada do nome anterior.

יְהוֹשׁוּעַ "Yehoshua", que adaptado para o português é “Jeosua”, ou “Josua”, ou “Josué”, ou “Jesus”, que significa "Javé salva".

יֵשׁוּעַ "Yeshua", forma mais abreviada do nome anterior.

Este nome, יְהוֹשׁוּעַ "Yehoshua", ou יֵשׁוּעַ "Yeshua", é o nome do sucessor de Moisés, geralmente conhecido como Josué, e é também o nome do sumo sacerdote mencionado em Esdras 3:2 3:8 e Ageu 1:1 e 1:12 e 1:14 e em Zacarias 3:1, e é também o nome do Messias (Mashiach) Jesus o Nazareno (Yehoshua ou Yeshua haNetsari). 

A forma abreviada do nome de Deus quando está no início da palavra é diferente de quando está no final da palavra, devido às regras fonéticas da língua hebraica, que exigem a alteração das vogais, conforme estejam posicionadas no início ou no fim da palavra, ou conforme estejam mais perto ou mais longe do fim da palavra, quando há formação de palavras juntando prefixos ou sufixos.

Exemplo:

מֶלֶךְ  "mélekh", que significa "rei" e מַלְכֵּנוּ "malkênu", que é a mesma palavra, com o sufixo da primeira pessoa do plural, e que significa "nosso rei", e מְלָכִים “melakhim”, que significa “reis”.

Outro exemplo:

כָּבוֹד "kavod", que significa "glória", e כְּבוֹדוֹ  “kevodô", que é a mesma palavra, com o sufixo da terceira pessoa do singular, e que significa "a sua glória" ou "a glória dele".

Por este motivo é que a forma abreviada do nome de Deus, יָהוּ Yahu, quando é colocada como prefixo, no início da palavra, passa a ser vocalizada como יְהוֹ Yeho.

Judá em hebraico é יְהוּדָה  “Yehudá", que significa "ele seja louvado".

Judeu em hebraico é יְהוּדִי  “Yehudi", que significa "de Judá", ou "da Tribo de Judá", ou "natural do Reino de Judá", ou "adepto do Judaísmo".

Israel em hebraico é יִשְׂרָאֵל Yisrael, que significa “Deus luta”. Esta palavra, adaptada para o português, é Israel.

Israelita em hebraico é יִשְׂרָאֵלִי Yisraeli, que significa “descendente de Israel”, ou “pertencente ao povo de Israel”.

A palavra hebraica אֲדֹנָי  ouאֲדוֹנָי  “Adonai", que significa "Senhor", nada tem a ver com o nome do deus grego Adônis, pois a língua grega pertence à família lingüística indo-européia, e o hebraico pertence à família lingüística hamito-semítica, de modo que não se pode relacionar palavras de sons semelhantes gregas e hebraicas.

O nome יֵשׁוּעַ “Yeshua" nada tem a ver com a palavra hebraica עֵז “ez”, que significa “bode”.

A palavra “Deus” nada tem a ver com a palavra “Zeus”, são palavras totalmente diferentes e não relacionadas.

A palavra portuguesa “Deus” é a tradução fiel das palavras hebraicas אֵל “El”, אֱלוֹהַּ “Elôahe” e אֱלוֹהִים “Elohim”, que significam “Deus”.

A palavra inglesa “God” nada tem a ver com o nome do deus cananeu Gad, mencionado na Bíblia, pois os cananeus falavam uma língua semítica, e o inglês é uma língua indo-européia, de modo que não se pode relacionar o nome do deus cananeu Gad com a palavra inglesa God.
                                                                  
A palavra inglesa “God” é a fiel tradução para o inglês das palavras hebraicas אֵל “El”, אֱלוֹהַּ “Elôahe” e אֱלוֹהִים “Elohim”, que significam “Deus”.

Gólgota é a adaptação para o grego da palavra aramaica גֹלְגֹלְתָא “Golgoltá”, que nada tem a ver com a palavra inglesa “God”, pois é totalmente diferente, e além disso, o aramaico é uma língua semítica e o inglês é um língua indo-européia, de modo que não pode haver nenhuma relação entre palavras de uma e de outra língua.

הַשֵּׁם “Hashem” ou “Ha-Shem”, em hebraico, significa “O Nome”.

O prefixo הַ “ha” é artigo definido, e significa “o”.

A palavra hebraica שֵׁם “Shem” significa “nome”, e nada tem a ver com o nome da deusa assíria Semíramis, pois são palavras totalmente diferentes e não relacionadas.

אֵל שַׁדָּי “El Shaday” em hebraico significa “Deus Onipotente”.

A palavra hebraica אֵל “El” significa “Deus”, e nada tem a ver com o nome de nenhum ídolo.

A palavra hebraica  שַׁדַּי “Shaday” significa “Onipotente” ou “Todo-Poderoso”, e nada tem a ver com nomes de espíritos malignos.

Não existe hebraico arcaico. O hebraico em que está escrito o Tanakh é o mais antigo que existe.

Não existe em hebraico a palavra “Ulhim”.

Não existe em hebraico a palavra “Molkhiul”.

Deus em hebraico é “El” e não “Ul”.

A palavra hebraica רוּחַ “ruach” (o ch na transliteração de palavras hebraicas tem o som do ch em alemão na palavra Bach) significa “espírito” ou “vento”.

É totalmente falsa a informação de que רוּחַ “ruach” significa “mal”, “maligno” ou “mau”.

רוּחַ הַקֹּדֶשׁ “Ruach ha-Kódesh” significa “Espírito Santo”, e nada tem a ver com a palavra אַקּוֹ “akko”, que é completamente diferente e não relacionada.

Não existe em hebraico a palavra “Rúkha”.

Não existe em hebraico a palavra “hol”.

Não existe em hebraico a palavra “Hodshúa”.

Não existe em hebraico a palavra “amnao”.

Amém em hebraico é אָמֵן “amén”.

Infelizmente, as pessoa que escreveram o que consta nos mencionados sites mentem muito, e fazem desinformação, ou seja, divulgam informações totalmente falsas.

Ao que tudo indica, as pessoas que escreveram nos referidos sites procuram, por todos os meios, evitar que as pessoas pronunciem corretamente o nome de Deus, que é יַהְוֶהYahvé” ou “Yahevé”, sendo que a forma adaptada para a língua portuguesa é Javé ou Jaevé.

A adaptação de uma língua para outra é necessária, pois Deus deu a cada povo um sistema fonético diferente, quando Ele fez a confusão das línguas em Babel, conforme consta em Gênesis 11:1-9.

Portanto, as pessoas que escreveram nos referidos sites estão sendo usadas pelo Satanás, para impedir que as pessoas invoquem o nome de Javé.

Em Deuteronômio 6:13 está escrito: “A JAVÉ TEU DEUS TEMERÁS, E A ELE SERVIRÁS, E PELO SEU NOME JURARÁS”, e em Salmos 105:1 está escrito: “LOUVAI A JAVÉ, INVOCAI O SEU NOME”, e em Joel 3:5 (ou 2:32) está escrito: “E ACONTECERÁ QUE TODO AQUELE QUE INVOCAR O NOME DE JAVÉ SERÁ SALVO”.

Portanto, devemos invocar o nome de Javé, o nosso Criador bendito.

Deve-se notar que o indivíduo que escreveu em um dos referidos sites se contradiz, pois ele diz que o nome “Adonai” é o nome de um ídolo, mas ele próprio usa o nome “Adonai” no cabeçalho da página dele, onde consta “SHEMA ISRAEL, ADONAI ELOHENU, ADONAI ECHAD! DEUT 6:4”.

Além disso, as pessoas que escreveram nos referido sites ainda estão crendo no Novo Testamento católico, e estão adorando Jesus Cristo (Yeshua haMashiach) como se ele fosse Deus, violando assim o mandamento de Deus, que está em Êxodo 20:3, onde Ele ordenou que não tenhamos outros deuses diante d’Ele, e contrariando o que Deus disse em Deuteronômio 6:4, onde Ele disse que Ele é um.

Que Javé (Yahveh) vos abençoe.